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Centenas de estudantes jogaram bombas incendiárias contra a polícia na cidade de Salônica, no norte da Grécia, na segunda-feira, no terceiro dia de lutas motivadas pelo assassinato de um adolescente pela polícia e infladas pela insatisfação com a economia.

Dezenas de pessoas ficaram feridas e vários estabelecimentos em Atenas e Salônica foram destruídos. Esta é a pior onda de protestos na Grécia em décadas e pressiona o governo conservador, cujo nível de aprovação tem caído.

As ruas de Salônica foram tomadas pelo gás lacrimogêneo na segunda-feira, enquanto a polícia perseguia cerca de 300 manifestantes e detinha dois jovens. Mais confusão deve acontecer ao longo do dia em Atenas, onde o Partido Comunista grego convocou um protesto apesar da prisão de dois policiais pela morte do garoto.

Os carros e os pedestres voltavam às ruas de Atenas enquanto os gregos retornavam aos trabalho, mas o clima ainda é tenso. Na principal rua comercial, Ermou, uma equipe policial começou a medir a destruição.

"Está calmo agora, mas eu nunca vi nada assim na minha vida", disse Yiorgos Ganatsikos, 52, dono de um quiosque. "Espero que isso não continue. Caso contrário, que Deus nos ajude".

Greve Geral

Com uma greve geral de 24 horas agendada para quarta-feira, contra as reformas nas pensões e as políticas econômicas do governo, muitos gregos temem que as manifestações durem dias.

A morte do adolescente despertou raiva entre os jovens, que estão insatisfeitos com o aumento do abismo entre ricos e pobres. A violência nas manifestações estudantis e os ataques com bombas incendiárias de grupos anarquistas são comuns no país.

Os professores universitários iniciaram uma greve de três dias na segunda-feira e muitos estudantes também não foram às aulas em sinal de protesto.

"Poderia ter sido nosso irmão. Poderia ter sido nosso colega, poderia ter sido um de nós", disse Vangelis Spiratos, 13.

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