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Educação

Estudantes de Londres protestam contra taxa escolar

Manifestantes acusam o governo de privatizar a educação e criticam o corte de bolsas a alunos carentes

Estudantes tomaram as ruas do centro da capital britânica para contestar a política educacional do primeiro-ministro David Cameron | Andrew Winning/Reuters
Estudantes tomaram as ruas do centro da capital britânica para contestar a política educacional do primeiro-ministro David Cameron (Foto: Andrew Winning/Reuters)

Uma marcha de estudantes to­­mou as ruas do centro de Lon­­dres ontem, no mais recente protesto contra as medidas de austeridade e a política educacional do governo liderado pelos conservadores. Vinte manifestantes foram presos pela polícia.

Um grupo de manifestantes separou-se da rota principal e montou mais de 20 tendas na base da coluna Nelson, em Trafalgar Square, espelhando o acampamento de manifestantes anticapitalistas do mês passado na Catedral de São Paulo. A polícia foi para a praça e fez uma série de detenções, en­­quanto desocupava um dos locais turísticos mais populares de Lon­­dres.

Um grande número de policiais escoltava os manifestantes da marcha principal pelas ruas em direção ao ponto principal do protesto, no distrito financeiro da cidade. Quatro protestos de estudantes no fim do ano passado re­­sultaram em confrontos com a polícia, invasões a prédios públicos e na sede do Partido Conser­­vador – além de quase 400 detenções.

Calculava-se que até 10 mil pessoas de toda a Grã-Bretanha participassem da manifestação contra a política de educação do governo de coalizão. As estimativas iniciais da polícia, porém, sugeriam um número menor.

Esse foi o maior protesto em Londres desde que a capital e ou­­tras cidades inglesas enfrentaram quatro dias de tumulto em agosto, no pior episódio de violência urbana em décadas.

Os manifestantes ergueram faixas denunciando os aumentos nas taxas escolares. "Educação para os 99%", lia-se em uma delas. Outras ecoaram a mensagem anticapitalista do acampamento Ocu­­pe Londres, diante da Catedral de São Paulo, exigindo: "Tirem a ri­­queza do 1%."

Os estudantes estão revoltados com os planos do governo que, argumentam eles, levam à privatização da educação superior, e com a decisão tomada no ano passado de elevar as taxas escolares e cortar as bolsas aos adolescentes mais pobres.

Os manifestantes também adotaram uma agenda mais ampla para incluir a oposição à reforma do estado de bem-estar, parte do pacote de austeridade para ajudar a reduzir o déficit orçamentário, que atingiu quase 11 por cento do produto interno bruto.

Apesar de trazerem mensagens comuns com as divulgadas pelo movimento Ocupe Londres, os estudantes não integram o acampamento da Catedral de São Paulo.

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