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Hemiciclo pouco povoado do Parlamento Europeu durante uma sessão na semana passada
Hemiciclo pouco povoado do Parlamento Europeu durante uma sessão na semana passada| Foto: EFE/EPA/OLIVIER MATTHYS

Estudantes judeus foram alvos de ataques verbais neste domingo (14) durante um evento do Fórum Europeu da Juventude (YFJ, na sigla em inglês) que estava sendo realizado no Parlamento Europeu.

A denúncia sobre os ataques foi feita pela União Europeia de Estudantes Judeus (EUJS, na sigla inglês), que expressou forte repúdio ao ocorrido.

Segundo a EUJS, durante a cerimônia de encerramento do evento, identificado como “Level Up!”, que nesta edição estava debatendo as eleições parlamentares europeias, um grupo começou a entoar gritos de “Palestina Livre” e “Cessar-fogo Agora”. Tal grupo também estava acusando Israel de estar cometendo um “genocídio” na Faixa de Gaza, local onde as forças israelenses estão atuando para eliminar o Hamas e resgatar os reféns que ainda estão sob custódia dos terroristas.

A EUJS disse que os membros da YFJ, incluindo os moderadores do evento, começaram a aplaudir os gritos. Foi neste momento que a representante da EUJS no local, identificada como Emma Hallali, fez um protesto contra o que estava ocorrendo, alegando que tal ação não fazia parte do tema proposto em debate.

No momento em que Hallali fez este protesto, ela começou a ser hostilizada por aqueles que estavam entoando os gritos pró-Palestina. Uma multidão começou a vaiar a líder da EUJS e a chamar os estudantes judeus de “fascistas” e “sionistas”.

Segundo a EUJS, a situação ficou tão tensa que os membros de sua delegação começaram a “chorar e tremer”, temendo serem alvos de ataques físicos ou ameaçados.

Por meio de um comunicado, a EUJS destacou que o “incidente representou uma humilhação pública para sua presidente e para a organização como um todo, ocorrendo dentro das paredes do Parlamento Europeu, um local que deveria simbolizar a democracia europeia e a união de vozes jovens ativistas”.

A presidente da EUJS, após o incidente, expressou que “nunca havia experimentado tal agressividade” e que isso reflete o que os judeus europeus enfrentam diariamente no continente.

"Vi violência e ódio nos olhos dos participantes. Nunca experimentei essa agressividade antes, mas é isso que os judeus europeus estão enfrentando diariamente em toda a Europa”, disse ela.

A organização judaica exigiu uma condenação firme contra a YFJ pelo ocorrido.

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