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Um estudo de uma universidade da Venezuela apontou que o país governado pelo ditador Nicolás Maduro fechará 2025 com uma inflação de quase 221% e sofrerá uma retração econômica de 2,05%.
Segundo reportagem publicada nesta quinta-feira (10) pelo site Efecto Cocuyo, os dados fazem parte de um levantamento mensal realizado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais da Universidade Católica Andrés Bello (Ucab), de Caracas.
Além de prever uma inflação de 220,94% na Venezuela este ano e uma queda no PIB de 2,05%, a Ucab projetou que a produção de petróleo diminuirá 11%, o volume de exportação da commodity cairá 20% e as exportações totais do país caribenho sofrerão redução de 30,48%.
Os pesquisadores da Ucab alegaram que essa previsão decorre de “um contexto muito adverso de incerteza e instabilidade”, provocado por “mudanças na política econômica promovida pelo novo governo nos EUA”, o “restabelecimento de sanções petrolíferas e financeiras” e a “evolução desfavorável do mercado de petróleo”.
Além de uma tarifa sobre importações da Venezuela de 15% divulgada na semana passada (reduzida para 10% ontem), o presidente americano, Donald Trump, havia anunciado em março a imposição de uma tarifa de 25% a qualquer país que comprar petróleo e gás de Caracas.
Ele também cancelou a licença para a empresa petrolífera americana Chevron operar na Venezuela, embora tenha adiado para 27 de maio o prazo para encerramento das operações – a data-limite original era 3 de abril. Devido a essas medidas, Maduro declarou emergência econômica no país esta semana.
Caso os números da Ucab se confirmem, a economia da Venezuela sofrerá um grande baque após um 2024 de leve recuperação: de acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), a inflação no país, que havia sido de 337,5% em 2023, caiu para 59,6% no ano passado e o PIB venezuelano cresceu 3% em 2024.
