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Autoridades dos Estados Unidos alertaram o México sobre o aumento das atividades secretas da Rússia dentro do país vizinho.
Segundo o The New York Times, o Serviço de Inteligência americana (CIA) chegou a compilar uma lista com mais de duas dezenas de espiões russos que se passavam por diplomatas, mas as autoridades mexicanas se recusaram a expulsá-los do país, disseram cinco dessas autoridades, incluindo americanas e mexicanas.
Essa mobilização crescente de russos no México foi percebida por Washington durante o governo de Luiz Obrador. No entanto, mesmo depois da posse de um novo presidente no México, Claudia Sheinbaum, os espiões russos que já estavam no país não foram expulsos, de acordo com seis funcionários.
Um ex-conselheiro para assuntos do Hemisfério Ocidental no Conselho de Segurança Nacional do ex-presidente Joe Biden afirmou que “nós fornecemos a eles os nomes de espiões russos que se faziam passar por diplomatas na embaixada na Cidade do México. Eram espiões experientes, que haviam participado de operações sofisticadas por toda a Europa.”
A proximidade com os Estados Unidos permitiam à Russia intensificar significativamente suas atividades de espionagem no país nos últimos anos, segundo afirmaram autoridades americanas. Moscou pode transportar espiões e informantes dos Estados Unidos para destinos de praia como Cancún, visitados por milhões de americanos todos os anos — oferecendo uma cobertura convincente que levanta poucas suspeitas.
Segundo autoridades relataram ao Times, espiões e seus contatos se misturam a turistas, banhistas e surfistas, repassando informações coletadas nos Estados Unidos enquanto usam o México para burlar os sofisticados sistemas de vigilância de Washington.
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