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Em guerra desde fevereiro de 2022

EUA afirmam que não forçarão a Ucrânia a aceitar acordo com a Rússia

Em Miami, Rubio afirma que Washington não forçará a Ucrânia a aceitar acordo com a Rússia.
Em Miami, Rubio afirma que Washington não forçará a Ucrânia a aceitar acordo com a Rússia. (Foto: GRAIG HUDSON/EFE/EPA)

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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou nesta sexta-feira (19) que Washington não pretende impor um acordo de paz à Ucrânia. Ele falou em meio a uma intensa rodada diplomática em Miami, que reúne representantes da Ucrânia e de países europeus em busca de uma saída negociada para a guerra com a Rússia.

Rubio rejeitou a ideia de pressão externa sobre Kiev ou Moscou. Segundo ele, os Estados Unidos atuam como facilitadores do diálogo, não como árbitros. “Não podemos obrigar a Ucrânia a aceitar um acordo. Também não podemos obrigar a Rússia. Um acordo só existe se as duas partes quiserem”, declarou. O secretário indicou que pode participar pessoalmente das conversas neste sábado.

As negociações ocorrem sob a condução de aliados próximos do presidente Donald Trump, entre eles o enviado especial Steve Witkoff e Jared Kushner. A proposta em discussão prevê garantias de segurança à Ucrânia, mas envolve concessões territoriais, ponto que enfrenta forte resistência interna em Kiev.

Ucrânia articula garantias de segurança enquanto Putin reforça ofensiva

O ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, lidera a delegação do país. Ele já se reuniu com representantes dos Estados Unidos, do Reino Unido, da França e da Alemanha para alinhar as prioridades definidas pelo presidente Volodimir Zelensky, centradas em garantias de segurança duradouras. Após os encontros, Umerov informou que conversou com Zelensky e que o trabalho conjunto seguirá “em linha clara” com os objetivos do governo ucraniano.

Enquanto a diplomacia avança, o conflito segue ativo. A Rússia ainda não respondeu formalmente às mudanças feitas por Ucrânia e países europeus no plano de 28 pontos apresentado anteriormente por Washington, criticado por favorecer Moscou.

Poucas horas antes, o presidente russo, Vladimir Putin, endureceu o discurso e afirmou que o desfecho da guerra depende de Kiev e de seus aliados ocidentais. Ele disse que as forças russas avançam ao longo da linha de frente e projetou novos ganhos militares até o fim do ano. Hoje, a Rússia controla cerca de 19% do território ucraniano, incluindo a Crimeia, anexada em 2014.

No campo de batalha, a violência não diminuiu. Um ataque com míssil balístico atingiu a região de Odessa, no Mar Negro, matou sete pessoas e deixou ao menos 15 feridas, segundo autoridades locais. O alvo foi a infraestrutura portuária.

Putin também comentou decisões recentes da União Europeia, que optou por não usar ativos russos congelados para financiar um empréstimo à Ucrânia. Mais de 200 bilhões de euros do Banco Central russo permanecem retidos na Euroclear, em Bruxelas. O presidente russo classificou qualquer uso desses recursos como “um assalto”.

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