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Visita ao país

EUA afirmam que não permitirão que a China “ameace” operações no Canal do Panamá

EUA afirmam que não permitirão que a China ameace operações no Canal do Panamá
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Peter Hegset, durante visita ao Panamá (Foto: EFE/ Walter Hurtado)

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O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, disse nesta terça-feira (8) que seu país "não permitirá que a China comunista ou qualquer outro país ameace o funcionamento" do Canal do Panamá, e que destacou que "ainda" há empresas chinesas "controlando" alguns portos da hidrovia.

"Hoje, o Canal do Panamá enfrenta ameaças constantes. Os Estados Unidos não permitirão que a China comunista ou qualquer outro país ameace a operação ou a integridade do canal", disse o chefe do Pentágono, que participou da inauguração de um píer para a polícia aérea naval panamenha na entrada do Pacífico da hidrovia interoceânica.

Hegseth chegou ao Panamá nesta segunda-feira (7) à noite para se reunir com autoridades e participar de uma conferência de segurança regional, em meio às tensões sobre o canal após as intenções declaradas do presidente americano, Donald Trump, de “retomá-lo” para os EUA devido à influência da China no controle da infraestrutura.

Ele afirmou que tanto os EUA quanto o Panamá “fizeram mais nas últimas semanas para fortalecer a cooperação em defesa e segurança do que em décadas”.

Esse esforço conjunto inclui a reunião realizada horas antes com o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, juntamente com ministros e autoridades da hidrovia, e “anúncios que serão feitos em breve”, de acordo com Hegseth.

“Neste momento, as unidades militares baseadas nos EUA estão envolvidas em exercícios conjuntos, planejamento e outras formas de cooperação com nossos parceiros panamenhos nos lados do Atlântico e do Pacífico do canal”, disse.

No âmbito da Conferência de Segurança da América Central (Centsec), co-organizada pelos EUA e pelo Panamá, o Departamento de Defesa americano e o Ministério de Segurança Pública panamenho realizaram treinamentos conjuntos para fortalecer as capacidades e a segurança dos dois países e da região.

Hegseth anunciou que um navio da Guarda Costeira dos EUA transitará pelo Canal do Panamá nesta semana “para realizar operações antidrogas no Pacífico Oriental”.

"Nosso relacionamento está crescendo em parte para enfrentar o crescente desafio da China comunista. As empresas sediadas na China continuam a controlar a infraestrutura essencial na área do canal. Isso dá à China o potencial de realizar atividades de vigilância no Panamá", enfatizou o chefe do Pentágono.

De acordo com Hegseth, esse controle por parte das empresas chinesas torna "o Panamá e os Estados Unidos menos seguros, menos prósperos e menos soberanos".

Trump argumentou que a presença de uma operadora de Hong Kong em dois dos cinco portos ao redor do Canal equivale ao controle chinês da hidrovia, e que os EUA devem retomá-la para sua segurança nacional.

Ele descreveu como uma vitória para seu governo o anúncio de que a gestora de ativos americana BlackRock havia acertado com a CK Hutchison, de Hong Kong, a compra dos dois portos, uma transação que foi adiada por uma investigação da agência antimonopólio chinesa.

O presidente do Panamá reiterou que o canal “é e continuará sendo panamenho” e negou que a China ou qualquer outro país do mundo influencie sua operação, que está sob controle da autônoma Autoridade do Canal do Panamá.

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