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EUA afirmam que “regime hostil” de Maduro enviou criminosos do Tren de Aragua ao país

EUA afirmam que “regime hostil” de Maduro enviou criminosos do Tren de Aragua ao país
A porta-voz do governo do presidente Donald Trump, Karoline Leavitt (Foto: EFE/EPA/WILL OLIVER)

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Durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (19), a porta-voz do governo do presidente Donald Trump, Karoline Leavitt, chamou o regime de Nicolás Maduro, da Venezuela, de “hostil” e afirmou que a ditadura chavista foi quem enviou criminosos da facção Tren de Aragua (TdA) para os Estados Unidos. A declaração veio em defesa da decisão do governo Trump de invocar a Lei de Inimigos Estrangeiros para deportar os integrantes da organização criminosa.

“Quando você lê a lei, como fiz na última vez neste púlpito, uma incursão predatória é exatamente o que aconteceu com o Tren de Aragua. Eles foram enviados para cá pelo regime hostil de Maduro na Venezuela, e o presidente [Trump], imediatamente ao assumir o cargo, designou o TdA como uma organização terrorista. E, sob essa lei, está dentro da autoridade do presidente deportar esses terroristas”, afirmou Leavitt.

O governo Trump utilizou a Lei de Inimigos Estrangeiros, de 1798, um dispositivo raramente aplicado e que não era invocado desde a Segunda Guerra Mundial, para deportar centenas de criminosos ligados ao Tren de Aragua. Os deportados foram enviados a uma prisão em El Salvador.

O governo Trump argumenta que o influxo de imigrantes ilegais ao país, incluindo membros de organizações criminosas transnacionais, representa uma invasão e configura uma “guerra irregular” dentro dos Estados Unidos. O decreto assinado por Trump determina que qualquer cidadão venezuelano acima de 14 anos associado ao Tren de Aragua seja classificado como “inimigo estrangeiro”, sendo deportado sem direito a apelação. Além disso, as autoridades americanas têm autorização para confiscar bens e propriedades vinculadas ao grupo criminoso.

Na coletiva, Leavitt utilizou essa fala para rebater, quando questionada por uma repórter, as críticas sobre a legalidade da medida, especialmente as do comentarista da Fox News, Andy McCarthy, que questionou se a aplicação da lei tinha um respaldo jurídico sólido.

“Nós absolutamente discordamos da opinião legal do indivíduo que você mencionou. Não teríamos avançado com essa decisão se não acreditássemos que o presidente tem autoridade para continuar com esse esforço de deportação em massa sob a Lei de Inimigos Estrangeiros”, declarou a porta-voz, em resposta a indagação. “Qualquer um que tente defender esses terroristas, que agora foram removidos do solo americano, deveria conversar com as famílias das pessoas que esses monstros hediondos mataram e estupraram”, disse Leavitt. “Se você falar com essas famílias, elas estão muito aliviadas com a decisão do presidente de tomar uma atitude firme e usar sua autoridade executiva. Algo que nenhum outro presidente teve coragem de fazer, porque Donald Trump cumpre o que promete e está deportando esses terroristas estrangeiros para proteger nosso país”, acrescentou.

O governo Trump acusa o regime chavista de permitir e até facilitar a disseminação do Tren de Aragua pela América Latina e pelos Estados Unidos.

“Ao longo dos anos, as autoridades nacionais e locais venezuelanas cederam cada vez mais o controle sobre seus territórios a organizações criminosas transnacionais, incluindo o TdA. O resultado é um estado criminoso híbrido que perpetra uma invasão e uma incursão predatória nos Estados Unidos, o que representa um perigo substancial para este país”, aponta a ordem executiva do presidente.

A Casa Branca enfatiza que o Tren de Aragua tem usado os fluxos migratórios venezuelanos como um meio para infiltrar criminosos no território americano. Segundo Trump, o grupo age como um “braço operacional do regime venezuelano” com o objetivo de desestabilizar democracias na região.

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