
Após reunião com o líder da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, o presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou ontem que doará mais US$ 400 milhões em ajuda humanitária para Gaza e Cisjordânia.
O encontro ocorreu ainda sob a tensão provocada pelo confronto entre Israel e a frota humanitária que tentou furar o bloqueio a Gaza na semana passada, no qual nove civis morreram.
O episódio dificultou esforços até agora pouco frutíferos da Casa Branca em romper o longo impasse nas negociações de paz no Oriente Médio.
Obama e funcionários do governo americano afirmaram que o dinheiro será usado para construção de casas e escolas, além de aumentar acesso a água potável e melhorar a infraestrutura geral. Detalhes das formas como o dinheiro será administrado por Abbas, porém, não ficaram claros.
A autoridade do líder palestino não se estende atualmente à faixa de Gaza, dominada pelo grupo rival Hamas, com o qual os EUA não têm relações.
Em declarações à imprensa, Obama elogiou a atuação de Abbas na Cisjordânia e afirmou que "o mundo todo notou a melhora significativa conseguida como consequência de seu governo.
A Casa Branca informou que mais da metade dos novos fundos, US$ 240 milhões, será investida em um programa de financiamento imobiliário na Cisjordânia.
Neste ano, segundo o Departamento de Estado, os EUA doaram mais de US$ 80 milhões aos palestinos, a maior parte sob controle da ONU ou de Abbas.
Ataque
A Casa Branca não condenou Israel diretamente pelo ataque contra a frota, mas vem pressionando publicamente por uma solução para o problema da chegada de ajuda a Gaza.
Ontem, Obama voltou a pedir uma investigação transparente sobre o ataque. Israel rejeitou uma investigação internacional e disse que conduzirá sozinho sua própria operação.
O presidente americano também insistiu em que Israel deve controlar o crescimento de suas colônias em terras que os palestinos querem ter seu Estado no futuro. Abbas, por sua vez, disse que "não teve nada a ver com a frota, cuja ação classificou como "provocação.



