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Subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos EUA, Victoria Nuland, deixa o cargo em meio à piora na crise do Oriente Médio e no leste europeu
Subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos EUA, Victoria Nuland, deixa o cargo em meio à piora na crise do Oriente Médio e no leste europeu| Foto: EFE/EPA/MICHAEL REYNOLDS

O Departamento de Estado americano anunciou, nesta terça-feira (5), que Victoria Nuland, uma das diplomatas mais importantes do país, irá aposentar nas próximas semanas, abrindo uma lacuna nos escalões mais altos da diplomacia do país, em meio à escalada dos conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia.

A oficial de carreira foi uma das principais vozes que defendeu o apoio à Ucrânia desde a invasão da Crimeia pela Rússia, em 2014. Por esse motivo, ela é alvo frequente de críticas por suas opiniões agressivas contra Moscou.

Nuland atuou como Secretária de Estado Adjunta para a Europa durante a administração Obama, mas deixou o cargo após a vitória presidencial de Donald Trump, em 2016, regressando à Casa Branca como subsecretária de Estado para Assuntos Políticos na administração de Joe Biden, em 2020. A diplomata também serviu na embaixada dos EUA em Moscou durante a década de 1990, época em que houve uma tentativa de golpe contra o ex-presidente russo Boris Yeltsin.

Enquanto atuou como porta-voz do Departamento de Defesa e, mais tarde, na secretaria de Estado adjunto para a Europa, Nuland atraiu a ira de lideranças russas por seu posicionamento a favor da Ucrânia.

Segundo uma fonte familiarizada com o caso contou à emissora CNN, a atual embaixadora dos EUA na OTAN, Julianne Smith, deverá ser nomeada para substituir Nuland. Enquanto isso, o subsecretário de Estado de Gestão, John Bass, foi convidado para atuar como subsecretário interino, adiantou o secretário de Estado, Antony Blinken.

Durante o anúncio da aposentadoria, Blinken elogiou o papel da diplomata no período das três décadas e meia em que atuou no serviço público e por seu papel na definição da política internacional dos EUA.

“Os seus esforços têm sido indispensáveis ​​para enfrentar a invasão em grande escala da Ucrânia por Putin, para organizar uma coligação global para garantir o seu fracasso estratégico e para ajudar a Ucrânia a trabalhar rumo ao dia em que será capaz de se manter firme com os seus próprios pés – democraticamente, economicamente, e militarmente", disse.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Moscou respondeu ao pronunciamento, considerando a aposentadoria um "efeito do fracasso dos EUA na política em relação à Rússia".

“Eles não lhe dirão o motivo, mas é simples: o fracasso anti-Rússia da administração Biden. A 'russofobia', proposta por Victoria Nuland como o principal conceito de política externa dos Estados Unidos está arrastando os democratas para o fundo do poço”, afirmou a porta-voz Maria Zakharova.

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