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O Departamento de Estado americano anunciou nesta segunda-feira (31) sanções contra seis autoridades de Hong Kong, pela repressão a ativistas pró-democracia na região administrativa especial (RAE), cuja jurisdição foi passada do Reino Unido para a China em 1997, sob promessa de autonomia.
Desde os protestos por democracia entre o final de 2019 e o começo de 2020, a China impôs ao território uma nova Lei de Segurança Nacional, que serviu de base para prisões e condenações de dezenas de ativistas, e mudanças eleitorais para que apenas políticos fiéis ao Partido Comunista Chinês (PCCh) concorressem e fossem eleitos na RAE.
O comunicado do Departamento de Estado indicou que essa repressão foi além do território.
“Autoridades de Pequim e Hong Kong usaram as leis de segurança nacional de Hong Kong extraterritorialmente para intimidar, silenciar e assediar 19 ativistas pró-democracia que foram forçados a fugir para o exterior, incluindo um cidadão dos EUA e outros quatro residentes nos EUA”, afirmou o Departamento de Estado na nota.
“Hoje, em resposta, os Estados Unidos estão aplicando sanções contra seis indivíduos que se envolveram em ações ou políticas que ameaçam corroer ainda mais a autonomia de Hong Kong, em violação aos compromissos da China e em conexão com atos de repressão transnacional”, acrescentou a pasta.
Foram alvos de sanções Raymond Chak Yee Siu, comissário de Polícia da Força Policial de Hong Kong (HKPF, na sigla em inglês); Sonny Chi Kwong Au, secretário-geral do Comitê para Salvaguarda da Segurança Nacional de Hong Kong; Dong Jingwei, diretor do Escritório para Salvaguarda da Segurança Nacional da China no território; Dick Chung Chun Wong e Margaret Wing Lan Chiu, ambos comissários assistentes de polícia e Segurança Nacional; e Paul Ting Kwok Lam, secretário de Justiça de Hong Kong.
As sanções impostas pelo governo americano estabelecem bloqueio de todos os bens dos mencionados que estejam nos Estados Unidos ou em posse ou controle de americanos; bloqueio de empresas ou outras organizações que tenham participação de 50% ou mais dos alvos da medida; e proibição de pessoas nos Estados Unidos ou em trânsito no território americano de fazer transações financeiras e comerciais com os envolvidos.
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