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Crise na Ásia

EUA apóiam negociação informal com a Coréia do Norte

Seul – Os Estados Unidos afirmaram ontem apoiar a proposta da China para a realização de negociações informais visando à reaproximação com a Coréia do Norte. Os EUA vêm enfrentando oposição à sua proposta de sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) contra o Estado asiático, em resposta aos testes de mísseis realizados esta semana. A China – o país mais próximo da Coréia do Norte – e a Rússia são contra o texto de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU proposta pelo Japão, proibindo as transações financeiras e tecnológicas com a Coréia do Norte ligadas ao programa de mísseis.

Em vez disso, o foco está sendo direcionado para formas de reiniciar as negociações entre seis países, que chegaram a um impasse no final do ano passado, com objetivo de persuadir a Coréia do Norte a interromper seu programa de armas nucleares. "Os chineses falaram sobre criar uma negociação informal dos seis países. Nós dois apoiamos isso", afirmou o principal enviado dos EUA para a Coréia do Norte, Christopher Hill, em Seul, depois de uma reunião com uma autoridade sul-coreana. Hill esteve na China na sexta-feira e viaja hoje para o Japão.

A negociação – envolvendo as duas Coréias, Rússia, China, Japão e Estados Unidos – chegou a um impasse em novembro, depois que Washington agiu contra empresas suspeitas de contribuir com atividades ilícitas de Pyongyang, incluindo pirataria. Mas Hill afirmou que Washington não está disposta a fazer concessões para trazer a Coréia do Norte de volta à mesa de negociações. "Este não é o momento para gestos desse tipo", respondeu, quando questionado sobre a liberação de bens norte-coreanos num banco de Macau. "Temos um país que vem testando mísseis de forma irresponsável, afetando a traquilidade da região e a segurança regional."

Em setembro passado, o país comunista concordou em abrir mão do programa de armas nucleares em troca do direito de usar energia nuclear para fins pacíficos, entre outras coisas, e normalizar seus laços com Washington e Tóquio. A Coréia do Norte insistiu que tinha todo o direito de testar mísseis, já que ainda está tecnicamente em estado de guerra.

O Japão continuará a pressionar para que a ONU imponha sanções à Coréia do Norte. "Não voltaremos atrás da nossa resolução. Vamos até o fim", disse o ministro do Exterior do Japão, Taro Aso, ontem. A votação da resolução no Conselho de Segurança foi adiada para amanhã, mas a China e a Rússia já deixaram claro que a diplomacia, e não a punição, são o caminho para vencer a Coréia do Norte.

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