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O presidente dos EUA, Joe Biden, deve assinar o documento nesta sexta-feira (22)
O presidente dos EUA, Joe Biden, deve assinar o documento nesta sexta-feira (22)| Foto: EFE/EPA/AL DRAGO

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, planeja assinar uma ordem executiva ainda nesta sexta-feira (22) com sanções secundárias aos bancos que continuam a financiar empresas que estão ajudando a Rússia a manter sua máquina de guerra na agressão contra a Ucrânia.

Conforme explicaram as autoridades da Casa Branca em uma ligação com os repórteres, essa é uma nova etapa para interromper o apoio material à base industrial de defesa da Rússia e para obstruir os esforços russos para desenvolver suas capacidades militares.

Desde o início da invasão, em fevereiro de 2022, os EUA e seus aliados aprovaram inúmeras sanções que tiveram um impacto significativo sobre a capacidade de Moscou de acessar os produtos e a tecnologia necessários para construir armas. Mas o Kremlin reagiu dedicando "tempo e recursos consideráveis" para encontrar maneiras de contorná-las.

Dessa forma, foram criadas empresas de fachada com intermediários financeiros, "voluntária ou involuntariamente", para contornar as restrições e obter componentes cruciais para a guerra, como semicondutores, produtos químicos precursores, rolamentos e sistemas ópticos.

Embora os EUA afirmem que muitas dessas empresas de fachada tenham sido desmascaradas, a nova ordem executiva pretende ser uma nova ferramenta para perseguir os bancos que ainda permitem que as empresas que eles financiam enviem esses produtos para o complexo militar industrializado da Rússia ou continuem a fazer negócios com Moscou.

De acordo com as autoridades, o decreto oferece uma "ferramenta cirúrgica" que lhes permite ir atrás de instituições financeiras que estejam fazendo transações que promovam a capacidade militar russa e, ao mesmo tempo, ir atrás das empresas mencionadas.

A Casa Branca lembrou que as sanções sempre tiveram dois objetivos: negar à Rússia o acesso às receitas necessárias para a guerra e colocar "areia nas engrenagens" da máquina de guerra russa e desmantelar sua cadeia de suprimentos. Ações de hoje buscam o segundo objetivo.

Conforme explicaram as fontes, esta é a primeira vez que uma ferramenta de sanções secundárias é aprovada para atingir instituições financeiras durante esse conflito e, ao mesmo tempo, buscar "desincentivar o tipo de comportamento que está promovendo a capacidade da Rússia de construir armas" em sua agressão contra a Ucrânia.

Em comunicado, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, enviou uma mensagem às instituições financeiras que provavelmente sofrerão sanções. "Ninguém deve duvidar da determinação dos Estados Unidos e de nossos parceiros de pesar os riscos reais associados ao apoio à evasão russa. Esperamos que as instituições financeiras façam tudo o que puderem para garantir que não facilitem, voluntária ou involuntariamente, a evasão e a elusão", disse Yellen.

Ela acrescentou que os EUA não hesitarão em usar as novas ferramentas fornecidas por essa ordem executiva "para tomar medidas decisivas e cirúrgicas contra as instituições financeiras que facilitam o abastecimento da máquina de guerra da Rússia".

"Os Estados Unidos responsabilizarão as instituições que não tomarem as medidas apropriadas", disse o secretário de Estado americano, Antony Blinken, em declaração separada. "A ação de hoje ressalta a necessidade de que as instituições financeiras de todo o mundo garantam que não estejam facilitando atividades que apoiem o esforço de guerra da Rússia e implementem práticas de devida diligência que as protejam de serem exploradas pelas redes de compras russas", acrescentou.

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