• Carregando...
Patrulha em Cabul: conversas no fim de semana no Catar estiveram entre os contatos mais longos entre os EUA e os talibãs desde a volta dos extremistas ao poder no Afeganistão
Patrulha em Cabul: conversas no fim de semana no Catar estiveram entre os contatos mais longos entre os EUA e os talibãs desde a volta dos extremistas ao poder no Afeganistão| Foto: EFE/EPA/SAMIULLAH POPAL

O governo dos Estados Unidos manteve um diálogo com os talibãs sobre a situação econômica do Afeganistão, a questão dos direitos humanos, especialmente os direitos das mulheres, e o comércio de opiáceos, informou o Departamento de Estado nesta segunda-feira (31).

A reunião, pouco habitual, ocorreu de 29 a 30 de julho no Catar, na presença do alto representante dos EUA para o Afeganistão, Thomas West, e da enviada especial dos EUA para as mulheres afegãs, Karen Decker.

Durante as reuniões, a delegação americana manifestou “preocupação com a crise humanitária” no Afeganistão e instou o governo talibã a “reverter as políticas que deterioraram os direitos humanos, especialmente das mulheres e das meninas”, declarou o Departamento de Estado em comunicado.

Os representantes do banco central afegão debateram também os “desafios financeiros” que o país enfrenta e discutiram a possibilidade de estabelecer em breve um diálogo técnico-econômico entre os dois países.

A delegação americana “registrou o compromisso dos talibãs” de não permitir que grupos terroristas que ameaçam os EUA operem no seu território.

Os representantes de Washington reconheceram também que foi registrada uma diminuição dos ataques terroristas contra civis no Afeganistão, ao mesmo tempo que exigiram a libertação imediata dos cidadãos americanos detidos no país.

Por último, os EUA reconheceram que o cultivo de opiáceos diminuiu significativamente no Afeganistão e se comprometeram a prosseguir o diálogo sobre tráfico de drogas.

Esta foi uma das mais rodadas de contatos mais longas entre Washington e o regime talibã desde que o grupo assumiu o controle do Afeganistão, há dois anos, em meio a uma saída caótica das forças americanas no país.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]