Estados Unidos e Catar concordaram em bloquear o acesso do Irã a US$ 6 bilhões (R$ 30,3 bilhões) de fundos iranianos que foram descongelados e depositados em contas bancárias catarianas em setembro, após uma troca de prisioneiros entre Washington e Teerã, de acordo com a imprensa americana.
O governo dos EUA não confirmou publicamente a informação, mas o subsecretário do Departamento do Tesouro, Wally Adeyemo, disse aos membros democratas da Câmara dos Representantes nesta quinta-feira (12) que o acordo já tinha sido alcançado.
Adeyemo afirmou aos congressistas que o dinheiro "não será transferido tão cedo", segundo três assessores democratas informaram o jornal americano The Washington Post.
Depois que a imprensa americana relatou a história, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que o Irã não gastou um único dólar dos US$ 6 bilhões em fundos iranianos que foram descongelados depois de terem estado bloqueados durante anos na Coreia do Sul.
"O Irã não gastou nem acessou esses fundos que foram transferidos para o Catar", garantiu Blinken nesta quinta (12), em Jerusalém, durante uma entrevista coletiva na qual se recusou a confirmar a notícia da imprensa.
John Kirby, porta-voz da Casa Branca, também afirmou que o dinheiro permanece nas contas do Catar e argumentou que não poderia ter sido utilizado para financiar atividades como o ataque do Hamas, uma vez que só pode ser usado para fins humanitários, como a compra de medicamentos e alimentos.
Os US$ 6 bilhões iranianos foram descongelados em setembro, coincidindo com uma troca de prisioneiros entre Teerã, que libertou cinco prisioneiros americanos, e Washington, que libertou outros cinco iranianos.
Esses fundos estavam na Coreia do Sul porque, em 2018, durante a gestão do republicano Donald Trump (2017-2021), foi concedida a Seul uma exceção para contornar as sanções dos EUA e continuar a comprar energia do Irã. No entanto, em 2019, Trump aumentou as sanções contra o Irã e esses fundos foram bloqueados nas contas sul-coreanas.
O acordo entre EUA e Catar, noticiado pela imprensa americana, ocorre após o ataque de sábado do Hamas, que conta com o Irã entre os seus principais aliados.
O governo americano afirma que não existem provas, nesta fase, de que o Irã tenha estado diretamente envolvido no ataque a Israel, embora afirme que o grupo islâmico palestino recebe, há anos, armas e treino da República Islâmica, que lidera o chamado Eixo da Resistência contra o Estado judaico, o seu inimigo.
A nova guerra entre Hamas e Israel já causou mais de 1.300 mortos em território israelense e 3.200 feridos pelos ataques em grande escala do Hamas, enquanto os bombardeios de retaliação da aviação israelense causaram pelo menos 1.400 mortos e mais de 6.000 feridos na Faixa de Gaza. (Com agência EFE)
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