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Após decreto de Trump

EUA fazem primeira acusação formal por terrorismo contra integrantes da Antifa

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao lado do diretor do FBI, Kash Patel, e da chefe do Departamento de Justiça, Pam Bondi. (Foto: JIM LO SCALZO/EFE/EPA/POOL)

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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos apresentou nesta quinta-feira (16) as primeiras acusações formais por terrorismo ligadas ao movimento Antifa. Os alvos são dois homens identificados como Cameron Arnold e Zachary Evetts, apontados pelas autoridades por atacar, em 4 de julho, um centro de detenção de imigrantes em Alvarado, no Texas.

Segundo os promotores, o grupo ao qual pertenciam teria usado fogos de artifício e pichações para distrair policiais antes de abrir fogo contra agentes com fuzis semiautomáticos.

A acusação, apresentada no Tribunal do Distrito Norte do Texas, marca a primeira vez que o governo americano processa integrantes da Antifa por crimes de terrorismo, menos de um mês após o presidente Donald Trump ter declarado o movimento uma organização terrorista doméstica.

O diretor do FBI, Kash Patel, confirmou a medida por meio de um post na rede X.

“O FBI prendeu extremistas violentos e anarquistas, alinhados com a Antifa, e os processou por terrorismo pela primeira vez”, escreveu.

De acordo com documentos judiciais citados pela emissora CNN, Arnold - que também usa o nome Autumn Hill - e Evetts fariam parte de uma célula da Antifa que planejou o ataque no Texas dias antes, por meio de conversas de grupo. As mensagens trocadas incluíam mapas da área, pontos de vigilância e o posicionamento de câmeras de segurança. No total, 14 pessoas foram indiciadas pelo ataque.

O governo americano, contudo, acusa apenas Arnold e Evetts de terrorismo federal.
Eles são acusados de dar apoio material a terroristas, tentar assassinar um agente federal e usar arma de fogo durante um ato de violência - crimes que podem resultar em prisão perpétua.

Outros 12 envolvidos no ataque foram indiciados separadamente, mas não por terrorismo. Entre eles está o ex-fuzileiro naval Benjamin Hanil Song, acusado de tentativa de assassinato de agente federal, porte ilegal de armas e obstrução da justiça. Segundo a investigação, Song teria comprado quatro dos dez fuzis usados no ataque, um deles com gatilho binário, que dispara dois tiros por pressão do gatilho.

A acusação formal afirma que o objetivo do grupo era “destruir propriedade do governo dos Estados Unidos e cometer atos perigosos à vida humana com a intenção de influenciar a política nacional”.

Trump assinou, em setembro, um decreto presidencial designando o movimento Antifa como organização terrorista. De acordo com o Serviço de Pesquisa do Congresso, a Antifa é “um movimento descentralizado, formado por indivíduos e pequenos grupos autônomos que compartilham ideologias de cunho anarquista, socialista ou comunista”.

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