
Ouça este conteúdo
O governo dos Estados Unidos comunicou, neste sábado (26) ,que foi "positiva e produtiva" a terceira rodada de negociações nucleares com o Irã, em Omã, embora tenha admitido que "ainda há muito a ser feito".
"A terceira rodada de negociações em Mascate hoje foi positiva e produtiva. Essa última rodada de negociações diretas e indiretas duraram mais de quatro horas. Ainda há muito a ser feito, mas houve mais progresso no sentido de se chegar a um acordo", disse uma fonte do governo dos EUA aos repórteres.
Washington agradeceu a Omã por facilitar esse diálogo e indicou que os dois lados concordaram em se reunir novamente "em breve" na Europa.
Os dois rivais históricos iniciaram novas negociações nucleares em 12 de abril e, até o momento, foram realizadas mais duas rodadas em Omã e Roma, que ambos os lados descreveram como construtivas.
As delegações foram lideradas pelo ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, e pelo enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff.
A reunião deste sábado foi acompanhada pela primeira vez por um encontro técnico liderado por Michael Anton, do lado dos EUA, e pelos vice-ministros das Relações Exteriores iranianos Majid Takht Ravanchi e Kazem Gharibabadi.
O presidente dos EUA, Donald Trump, havia dito no dia anterior, em uma entrevista à revista "Time", que estava disposto a se reunir com o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, ou com o presidente, Masoud Pezeshkian. "É claro", respondeu ele quando questionado sobre o assunto.
Até agora, Trump repetiu ameaças militares contra o Irã se um acordo não for realizado e reimpôs a chamada “política de pressão máxima” contra Teerã.
Após a saída dos EUA do acordo de 2015 que limitou o programa nuclear do Irã em troca da suspensão das avaliações, Teerã acelerou significativamente sua capacidade atômica.
Nessas negociações, o Irã busca o fim das avaliações econômicas e apenas as limitações de sua capacidade nuclear, enquanto Washington também tem como alvo o programa de mísseis iraniano e o apoio de Teerã a grupos regionais, como os houthis no Iêmen.
Teerã, que sempre negou a busca por armas atômicas, insiste que não negociará seu direito de enriquecer urânio, enquanto Washington revelou publicamente as possibilidades de desmantelar completamente o programa atômico do Irã ou de aquisição de urânio enriquecido de outro país.
VEJA TAMBÉM:






