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O governo dos Estados Unidos impôs nesta quarta novas sanções contra a Guarda Revolucionária do Irã. Uma pessoa e quatro companhias foram atingidas por suposto envolvimento na produção e na disseminação de armas de destruição em massa

O Departamento do Tesouro anunciou que congelaria os bens em jurisdições dos EUA do general da Guarda Revolucionária, Rostam Qasemi, e de quatro subsidiárias de uma empreiteira comandada por ele. A empresa foi alvo de sanções norte-americanas em 2007.

As sanções ampliam penalidades unilaterais já existentes dos EUA contra elementos da Guarda Revolucionária, que, segundo fontes de inteligência de países do Ocidente, estão à frente dos programas nuclear e de mísseis do Irã.

O anúncio vem a público no momento em que o governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pressiona por novas sanções internacionais contra o Irã, por o país não ter comprovado que seu programa nuclear é pacífico, segundo Washington.

Autoridades dos EUA pressionam por uma ação no Conselho de Segurança (CS) da ONU. Teerã já foi vítima de três rodadas de sanções aprovadas no CS.

Rússia diz que sanções ao Irã estão "mais realistas"; Obama elogia

Novas sanções contra o Irã viraram "mais realistas" após Teerã ter acelerado seu programa de enriquecimento de urânio, disse nesta quarta-feira o vice-primeiro-ministro da Rússia, Sergei Ryabkov. "Nessa nova situação, é claro, a questão de sanções, de redigir uma resolução para novas sanções, virou mais realista", disse Ryabkov à agência de notícias russa Interfax. O presidente Obama, elogiou a Rússia por sua nova posição sobre as sanções contra o Irã, as quais, ressaltou o mandatário, são necessárias para punir a república islâmica por seu "mau comportamento".

A Rússia - único aliado do Irã entre as potências mundiais e que tradicionalmente resistiu à ameaça de sanções mais duras - adotou uma posição mais firme, alinhada aos Estados Unidos e à Europa, por uma resolução mais forte contra o Irã.

"A situação realmente ficou mais difícil e mais séria", disse Ryabkov. "É um fato bastante conhecido que o Ocidente nos pressiona a que apoiemos as sanções", comentou o vice-premiê russo. Ryabkov repetiu a visão russa de que sanções não resolverão a raiz do problema, mas afirmou que a Rússia está disposta a apoiar novas sanções se elas forem feitas sob o critério de conter a proliferação nuclear.

Também nesta quarta-feira, o primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, disse que seu país usará a presidência rotativa que exerce no G-8 para pressionar por novas sanções contra o Irã por causa do impasse no programa nuclear.

Irã rejeita proposta

O Irã rejeitou nesta quarta-feira uma proposta americana por meio da qual a república islâmica poderia obter isótopos medicinais em troca da paralisação de seu programa de enriquecimento de urânio.

"Desligar o reator ou parar a produção de remédios não é a solução", declarou Ramin Mehmanparast, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã. "Essa proposta não tem lógica."

Philip Crowley, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, ventilou a ideia depois de o Irã ter anunciado, ontem, o início da produção de urânio enriquecido a 20% para abastecer o reator nuclear de Teerã, onde são fabricados isótopos medicinais.

Mehmanparast disse que, ao invés disso, as potências internacionais deveriam permitir que o Irã expanda seu programa de enriquecimento de urânio. "A solução é o outro lado cooperar com o aumento (do número de reatores) para que as necessidades dos pacientes sejam atendidas", disse ele.

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