EUA impõem sanções contra três residentes no Brasil por suposta ligação à Al Qaeda

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O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou sanções contra uma rede brasileira de indivíduos e empresas supostamente afiliados à Al Qaeda, por "apoio ao grupo terrorista", segundo informou a embaixada americana no Brasil nesta quarta-feira.

Três estrangeiros residentes no Brasil foram apontados como apoiadores e financiadores da organização terrorista e terão seus eventuais bens e interesses nos EUA bloqueados.

As sanções anunciadas hoje "ajudarão a negar o acesso da Al Qaeda ao setor financeiro formal para gerar receita para apoiar suas atividades", disse Andrea Gacki, diretora do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC). "As atividades desta rede sediada no Brasil demonstram que a Al Qaeda continua sendo uma ameaça terrorista global generalizada", completou.

Haytham Ahmad Shukri Ahmad Al-Maghrabi, egípcio naturalizado brasileiro, Mohamed Sherif Mohamed Awadd, de nacionalidade egípcia e síria, e Ahmad Al-Khatib, de nacionalidade egípcia e libanesa, entraram na lista de sanções do governo americano por terem "auxiliado materialmente, patrocinado ou fornecido apoio financeiro ou tecnológico", segundo a embaixada dos EUA.

Também foram alvo das sanções a empresa de móveis Home Elegance e a Enterprise Comércio de Móveis e Intermediação de Negócios, de propriedade de Awadd e Al-Khatib.

Segundo as autoridades americanas, Al-Maghrabi chegou em 2015 ao Brasil, onde foi um dos membros iniciais de uma das redes da Al Qaeda e frequentes contatos e negócios para compra de moeda estrangeira de um outro indivíduo filiado à rede no Brasil.

Awadd chegou ao Brasil em meados de 2018 e recebeu transferências bancárias de outros associados da Al Qaeda no país, e também estaria envolvido na impressão de moeda falsa, segundo a embaixada.