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O presidente dos EUA, Joe Biden
O presidente dos EUA, Joe Biden| Foto: EFE/EPA/MIRIAM ALSTER

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) vota nesta sexta-feira (8) uma resolução que pede um “cessar-fogo imediato” na Faixa de Gaza, onde está em curso nesse momento a ofensiva de Israel contra os terroristas do Hamas.

A proposta, apresentada pelos Emirados Árabes Unidos, conta com o apoio dos demais países árabes, mas enfrenta a forte oposição dos Estados Unidos, que têm poder de veto no Conselho, e que consideram que um cessar-fogo neste momento não seria útil e que poderia favorecer o grupo terrorista palestino.

O embaixador dos EUA na ONU, Robert Wood, disse que o seu país não apoia o apelo por um cessar-fogo imediato, pois isso "só lançaria as sementes de outra guerra, porque o Hamas não quer uma paz duradoura nem uma solução de dois Estados". Wood afirmou que o Hamas continua a representar uma “ameaça para Israel” e que se o Estado judeu “abaixasse suas armas hoje, o Hamas continuaria a manter reféns e a sujeitar civis a tratamentos cruéis”.

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, também se manifestou contra a resolução, dizendo que "o verdadeiro caminho para a paz é apoiar a missão de Israel e não pedir um cessar-fogo". Erdan disse que o Hamas é o “único responsável pela situação em Gaza” e que o grupo terrorista usa os palestinos como escudos humanos, operando a partir de escolas e hospitais. Ele disse que Israel aceita toda a ajuda humanitária direcionada para Gaza, mas que o “Hamas a monopoliza e até atira contra civis que tentam ter acesso a ela”.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu ao Conselho de Segurança para que aprove a resolução, invocando o Artigo 99 da Carta da ONU, que lhe permite informar o conselho sobre assuntos que ameaçam a paz e a segurança internacionais.

Guterres disse que a situação humanitária em Gaza é "catastrófica" e que “sem um cessar-fogo, a ordem pública pode ser completamente destruída”, tornando impossível até mesmo a “assistência humanitária limitada” que pode ser destinada ao enclave palestino. Ele alertou também para possíveis “epidemias e o deslocamento em massa de palestinos para países vizinhos”.

Israel mantém sua ofensiva em Gaza desde os ataques terroristas do Hamas, ocorridos no dia 7 de outubro, que deixaram cerca de 1,2 mil mortos no Estado judeu, diversos feridos e ocasionou o sequestro de mais de 200 pessoas pelo Hamas. Em sua ofensiva, Israel tem como principal objetivo destruir as capacidades militares e de governo do grupo terrorista e garantir o retorno dos demais reféns que ainda estão sob o controle dos palestinos.

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