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Material nuclear

EUA pedem à Coréia do Norte que abandone planos de reativar reator

Agência Internacional de Energia Atômica apontou infração em Yongbyon. Governo do país disse ter proibido acesso de inspetores na usina

Bus "virou o rosto" para a Coréia do Norte e não tirou o país da "lista de terrorismo": ajudas econômicas e garantias políticas não foram colocadas em prática em troca do desmantelamento do programa nuclear | Jim Young / Reuters
Bus "virou o rosto" para a Coréia do Norte e não tirou o país da "lista de terrorismo": ajudas econômicas e garantias políticas não foram colocadas em prática em troca do desmantelamento do programa nuclear (Foto: Jim Young / Reuters)

A Casa Branca pediu nesta quarta-feira (24) que a Coréia do Norte abandone seus planos para reativar o reator nuclear em Yongbyon, e qualificou de "muito decepcionante" esse projeto e a expulsão dos inspetores da ONU.

Em declarações à imprensa que acompanha o presidente americano, George W. Bush, em sua visita a Nova York, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Gordon Johndroe, afirmou que a iniciativa norte-coreana é "muito decepcionante e vai contra as expectativas dos membros das conversas a seis lados".

"Pedimos firmemente que a Coréia do Norte reconsidere estes passos e retome o cumprimento de suas obrigações, como estão destacadas no acordo a seis lados", disse Johndroe.

Segundo o porta-voz, os EUA seguem abertos "a novas conversas com a Coréia do Norte sobre suas obrigações dentro do protocolo de verificação".

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) anunciou que a Coréia do Norte retirou todos os lacres da ONU da instalação de Yongbyon para introduzir em uma semana material nuclear nessa unidade de reprocessamento de urânio.

Além disso, o regime norte-coreano disse aos inspetores da AIEA que eles não terão mais acesso a Yongbyon.

O funcionário da AIEA Olli Heinonen informou em Viena aos 35 países-membros do Conselho de Governadores do organismo internacional os últimos passos tomados pelo regime norte-coreano.

Um diplomata próximo à AIEA disse que em um próximo passo a Coréia do Norte pedirá a retirado dos lacres do depósito de combustível usado em Yongbyon. A fonte acrescentou que os inspetores da AIEA permanecerão no país asiático, já que as restrições impostas pelo regime norte-coreano se limitam por enquanto à usina de reprocessamento em Yongbyon.

A Coréia do Norte tinha abandonado o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) em janeiro de 2003, após expulsar os últimos dois inspetores da AIEA que supervisionavam suas instalações atômicas.

Em seguida, o governo de Pyongyang impulsionou seu programa nuclear militar, que chegou a seu ponto crítico quando em outubro de 2006 realizou uma detonação nuclear subterrânea.

Mas dentro das negociações de seis lados, com Estados Unidos, Rússia, China, Coréia do Sul e Japão, o regime comunista concordou em desmantelar seu programa nuclear em troca de garantias políticas e ajudas econômicas.

Com a recusa de Washington de retirar a Coréia do Norte de sua lista de países que apóiam o terrorismo, Pyongyang anunciou recentemente sua decisão de relançar seu programa nuclear.

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