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O governo dos Estados Unidos prendeu nesta segunda-feira (14) o estudante palestino Mohsen Mahdawi, ex-copresidente da União de Estudantes Palestinos da Universidade Columbia, após ele comparecer a uma entrevista que seria a etapa final de seu pedido de cidadania. Mahdawi, residente permanente no território americano, que participou de protestos pró-Palestina realizados na Columbia no ano passado — alguns deles marcados por denúncias de assédio a alunos judeus — foi detido no estado de Vermont por agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE).
A prisão ocorreu no momento em que o governo Trump intensifica ações contra estudantes estrangeiros que promovem manifestações extremistas e fazem declarações contrárias à política externa americana. Segundo autoridades do governo, que desejam deportar Mahdawi, o apoio aberto a protestos extremistas por parte de alguns estudantes com visto educacional configura ameaça à segurança nacional.
Segundo informações da agência Reuters, os advogados de Mahdawi alegam que a prisão dele teve motivação política. Em documento enviado à Justiça, onde contestam sua detenção e pedem o bloqueio de sua deportação, a defesa afirma que “o governo deixou claro que pretende retaliar e punir indivíduos como o sr. Mahdawi, que advogaram por cessar-fogo e pelo fim do derramamento de sangue em Gaza”. O estudante, nascido em um campo de refugiados na Cisjordânia, já declarou intenção de retornar à Universidade Columbia para cursar o mestrado em 2025.
Nesta terça-feira (15), o juiz distrital William Sessions, do estado de Vermont, determinou que Mahdawi não deve ser deportado ou retirado do estado enquanto o processo dele estiver em andamento. De acordo com a Casa Branca, alunos estrangeiros que utilizam vistos estudantis para promover agendas radicais estão sujeitos à revogação de status e deportação.
