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Venezuela

EUA sabiam de golpe contra Hugo Chávez

Segundo Jimmy Carter, país teria apoiado a tentativa frustrada de derrubar o venezuelano em 2002, o que legitimaria suas críticas ao governo norte-americano

Bogotá - Os Estados Unidos sabiam do golpe que quase derrubou o presidente venezuelano, Hugo Chávez, em 2002, e talvez tenham até apoiado a frustrada tentativa, declarou o ex-presidente norte-americano Jimmy Carter em entrevista publicada ontem pelo jornal colombiano El Tiempo. "Acho que não há dú­­vidas sobre o fato de que, em 2002, os Es­­tados Uni­dos estavam sabendo ou tiveram participação direta, no golpe de Estado", disse Car­­ter ao jornal. Assim, as críticas de Chávez contra os Estados Unidos "são legítimas", destacou o ex-dirigente democrata, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2002. Em abril de 2002, o presidente venezuelano foi derrubado durante 48 ho­­ras por uma junta ci­­vil e militar, an­­tes de recuperar o poder. Na época, o então presidente dos Estados Unidos, Geor­­ge W. Bush, desmentiu qualquer en­­volvimento de seu país no golpe.

Carter ainda disse que Chávez, eleito democraticamente em 1999, implantou reformas necessárias na Ve­­ne­­zuela e permitiu que os "excluídos" se beneficiassem de "uma fatia maior da riqueza nacional". Declarou, porém, estar preocupado com a deriva "autoritária" do líder venezuelano. Carter afirmou que o atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama pretende manter boas relações com a Vene­zuela. "Porém Chávez torna a tarefa praticamente impossível", lamentou, considerando que "as relações internacionais ficariam melhores se ele parasse com seus ataques contra os Estados Unidos".

Braço colombiano

O ministro venezuelano das Relações Exteriores, Nicolas Maduro, pediu explicações on­­tem à Colômbia sobre as alegações de um ex-dirigente do DAS (o serviço de inteligência da Co­­lômbia) referentes à existência de um complô supostamente tra­­mado contra Hugo Chávez, em 2004. "Sabemos dessas de­­núncias de tentativa de assassinato do presidente. O governo precisa se explicar e a justiça investigar o caso", declarou.

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