A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, disse na quarta-feira que os Estados Unidos vão usar meios políticos, econômicos e de outra natureza para impedir que o Irã desenvolva armas nucleares.
Falando ao Conselho de Relações Exteriores de Chicago, Rice disse que a comunidade internacional concorda que o Irã não pode ter armas nucleares e se mobiliza para reagir a isso.
Na terça-feira, o presidente George W. Bush recusou-se a descartar ataques nucleares contra o Irã caso a diplomacia não contenha as ambições atômicas da República Islâmica.
"A fim de fazer os iranianos recuarem do que tem sido um comportamento contrário a todos os desejos da comunidade internacional, estamos preparados para usar medidas à nossa disposição, políticas, econômicas, outras, para dissuadir o Irã", disse Rice na conferência.
Questionada sobre qual seria o limite para uma ação militar, Rice reiterou que as pressões econômicas e políticas devem ser esgotadas antes desse estágio, mas afirmou, como vem fazendo Bush, que todas as possibilidades estão sobre a mesa.
Representantes de Grã-Bretanha, França, Alemanha, Estados Unidos, Rússia e China se reúnem em Moscou, por enquanto sem acordo, em busca de uma abordagem conjunta contra o Irã, que na semana passada anunciou ter pela primeira vez enriquecido urânio. Teerã garante que seu programa nuclear é voltado exclusivamente para a produção de eletricidade com fins civis.
"A questão aqui é mobilizar a comunidade internacional, unificar a comunidade internacional em torno da visão de que o Irã não pode ter uma arma nuclear. Isso é unânime", disse Rice.
Segundo ela, os EUA têm algumas "ferramentas diplomáticas" -- não-especificadas pela secretária -- para convencer o Irã a negociar.
O petróleo bateu novo recorde, cotado a 73 dólares, em parte por causa de preocupação com o fornecimento global devido à disputa entre o Ocidente e o Irã, quarto maior exportador mundial.
