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Um membro do público vê o Memorial do 11 de setembro em Nova York, Nova York, EUA, 10 de setembro de 2021. Imagem ilustrativa.
Um membro do público vê o Memorial do 11 de setembro em Nova York, Nova York, EUA, 10 de setembro de 2021. Imagem ilustrativa.| Foto: WILL OLIVER/Agência EFE

A cidade de Nova York mobilizará milhares de agentes da polícia, esquadrão antibombas e cães adestrados durante o 20.º aniversário do 11 de setembro de 2001, de modo a evitar um novo ataque terrorista, embora as autoridades tenham divulgado que não há nenhuma ameaça concreta.

"Temos medidas combinadas muito fortes e resistentes. Milhares de agentes, tanto uniformizados como à paisana, junto com esquadrão antibombas, metralhadoras, cães e muitas, muitas outras coisas", detalhou nesta sexta-feira o comissário da Polícia de Nova York, Demort Shea.

Em entrevista coletiva concedida com o secretário do Departamento de Segurança Nacional, Alejandro Mayorkas, a governadora de Nova York, Kathy Hochul, e o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, Shea disse que estas medidas não buscam "alarmar" o público, mas sim a assegurar que não ocorram incidentes.

"Nova York é segura. As pessoas devem sair e desfrutar", acrescentou o comissário, que enfatizou a mensagem de Hochul e de Blasio de que não existe uma ameaça específica.

"Não existe neste momento uma ameaça específica ou crível para a cidade de Nova York. A polícia está observando, não numa base diária ou de hora a hora, mas numa base de minuto a minuto", explicou o prefeito.

Bill de Blasio insistiu que as autoridades têm "uma missão de proteger a vida de todos os nova-iorquinos". No entanto, apesar das falas anteriores, acrescentou que "as ameaças são reais e coerentes, e é por isso que é necessário estar vigilante".

O governante também explicou que a presença policial pesada não estará apenas no Marco Zero, mas "por toda a cidade", uma vez que o local dos ataques não é considerado o único "alvo potencial". Hochul, entretanto, observou que Nova York foi alvo de terroristas porque a cidade é "um exemplo de liberdade".

"Continuamos sendo uma ameaça aos indivíduos que odeiam a liberdade em todo o mundo, e sabemos disso", lamentou.

"Vinte anos após o ataque de 11 de setembro, continuamos mais fortes e mais seguros", disse o secretário de Segurança Nacional, ao enfatizar a colaboração entre as várias agências de segurança em termos de informação, capacidade e experiência.

Biden participará de eventos

O presidente dos EUA, Joe Biden, deverá viajar para Nova York no sábado e visitará também os outros dois locais afetados pelos ataques de 11 de setembro de 2001, a sede do Pentágono em Arlington, na Virgínia, e Shanksville, na Pensilvânia.

Shanksville é o local do acidente do voo 93, que matou todas as 40 pessoas a bordo e onde acredita-se que os passageiros confrontaram os terroristas que sequestraram o avião e evitaram uma grande tragédia.

Em Arlington, nos arredores de Washington, um avião caiu diretamente no edifício da sede do Departamento de Defesa dos EUA, matando 184 pessoas.

A visita de Biden a Nova York gerou controvérsia, uma vez que muitos parentes das vítimas repudiaram publicamente a presença do mandatário.

Um grupo de sobreviventes e parentes tem pedido repetidamente para que Biden não compareça, a menos que o governo divulgue novos documentos sobre o que aconteceu, especialmente sobre se a Arábia Saudita desempenhou algum um papel nos ataques.

A cerimônia no Marco Zero será semelhante às dos anos anteriores, com a leitura dos nomes das quase 3 mil vítimas do ataque e vários momentos de silêncio nos horários em que os aviões utilizados no ataque foram sequestrados e se chocaram.

O evento, limitado aos parentes das vítimas e sobreviventes, durará cerca de quatro horas. Depois, será reaberta ao público a praça onde hoje está o Museu do 11 de Setembro e o seu famoso memorial, constituído por dois espaços com cascatas no vazio deixado pelas Torres Gêmeas.

À noite, será realizado o habitual "Tributo de Luzes", no qual dois enormes feixes de luz são apontados para o céu, onde ficavam os arranha-céus. Uma novidade deste ano será que os principais monumentos da cidade, como o Empire State, serão iluminados de azul.

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