O presidente da Bolívia, Evo Morales, se declarou vitorioso logo depois que as pesquisas de boca-de-urna apontaram sua vitória por esmagadora maioria de votos na eleição no domingo (12), e definiu o resultado como um triunfo das reformas socializantes que reduziram a pobreza e estenderam o papel do Estado na economia boliviana, que está em expansão.
Embora os resultados das urnas sejam demorados no país, a pesquisa de boca-de urna da TV Unitel apontou que Morales obteve 61% dos votos enquanto seu rival Samuel Doria Medina ficou com 24%. Outras duas sondagens também lhe deram vantagem de mais de 60%, o que indica que Morales conquistou facilmente um terceiro mandato presidencial.
Morales, que se tornou o primeiro líder indígena da Bolívia, em 2006, vai agora ser capaz de estender o chamado "socialismo indígena", pelo qual estatizou setores-chave da economia, como petróleo e gás, para financiar programas de bem-estar social e construir novas estradas e escolas.
"Este foi um debate sobre dois modelos: nacionalização ou privatização. A nacionalização venceu com mais de 60% (de apoio)", disse Morales, da sacada do palácio presidencial, a milhares de simpatizantes que o aplaudiam.
"Esta vitória é um triunfo para os anti-imperialistas e anticolonialistas", declarou o presidente.
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