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O ex-presidente dos EUA e atual candidato presidencial republicano Donald Trump em nova fase do julgamento no Tribunal Criminal de Manhattan, em Nova York
O ex-presidente dos EUA e atual candidato presidencial republicano Donald Trump em nova fase do julgamento no Tribunal Criminal de Manhattan, em Nova York| Foto: EFE/EPA/YUKI IWAMURA / POOL

Michael Cohen, ex-advogado de Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (14), no julgamento criminal que o ex-presidente dos Estados Unidos enfrenta em Nova York, que teve que administrar um total de US$ 420 mil (R$ 2,1 milhões) para comprar o silêncio da ex-atriz pornô Stormy Daniels.

O valor, que inclui o pagamento de US$ 130 mil (cerca de R$ 667 mil) a Daniels que Cohen adiantou, a cobertura de despesas fiscais e um bônus, teria sido pago em cheques mensais de US$ 35 mil (R$ 179 mil) durante 2017, de acordo com a acusação da Promotoria.

Uma versão que foi corroborada pelo ex-braço direito de Trump, que também confirmou que os primeiros pagamentos foram assinados por Eric Trump, filho do ex-presidente que acompanha o pai no processo, e por Allen Weisselberg, ex-diretor financeiro da Trump Organization.

No entanto, de acordo com Cohen, após os dois primeiros cheques, que traziam como conceito falso alguns supostos serviços jurídicos prestados por Cohen à organização, a origem dos pagamentos mudou e foram feitos a partir da conta pessoal de Trump.

“De quem é a assinatura neste cheque?”, perguntou a promotora Susan Hoffinger, referindo-se a um relativo a abril. “A de Donald J. Trump”, respondeu Cohen, aparentando muita tranquilidade, o que fez com que o ex-presidente se mexesse no banco dos réus e sussurrasse no ouvido de seu advogado Todd Blanche.

Hoffinger continuou o interrogatório perguntando se “algum desses cheques foi emitido para pagar por algum trabalho descrito? “Não, senhora”, respondeu Cohen categoricamente.

O ex-advogado também indicou que o cheque de dezembro de 2017, quando Trump já ocupava a Casa Branca, foi o último que ele descontou porque já havia sido reembolsado da quantia de US$ 420 mil, valor que ele definiu na segunda-feira (13) como “decepcionante”.

De acordo com o ex-aliado de Trump, ele não recebeu nenhum dinheiro da Organização Trump ou do empresário pessoalmente naquele ano, embora ele tenha dito que supervisionou um acordo entre Melania Trump e o museu Madame Tussauds para criar uma estátua de cera da então primeira-dama.

“Eu não esperava ser pago por isso. Não foi trabalho suficiente para receber um cheque", disse Cohen nesta terça.

Trump é acusado de 34 crimes de falsificação de documentos comerciais relacionados ao reembolso, um para cada um dos documentos envolvidos - 11 cheques, 11 faturas e 12 registros contábeis - para comprar o silêncio da ex-atriz de filmes adultos e proteger sua campanha eleitoral de 2016. (Com Agência EFE)

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