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O fechamento do jornal Página Siete, na Bolívia presidida por Luis Arce, foi um dos fatos preocupantes mencionados pela Idea
O fechamento do jornal Página Siete, na Bolívia presidida por Luis Arce, foi um dos fatos preocupantes mencionados pela Idea| Foto: EFE/Stringer

A Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (Idea), grupo formado por 25 ex-chefes de Estado e de governo espanhóis e latino-americanos, divulgou nesta segunda-feira (24) uma declaração na qual manifestou preocupação com os ataques à liberdade de expressão e imprensa na América Latina.

A declaração é assinada pelo secretário-geral Asdrúbal Aguiar, que foi ministro do Interior e da Secretaria da Presidência da Venezuela antes da ascensão do chavismo, e pelos ex-chefes de Estado da Idea, entre eles, José María Aznar (Espanha), Felipe Calderón (México), Iván Duque (Colômbia), Mauricio Macri (Argentina) e Lenín Moreno (Equador).

Entre os casos citados pela Idea, estão o recente fechamento na Venezuela da Rádio Caracas, que estava no ar há 93 anos, e a censura ou autocensura que atinge inclusive as redes sociais, na opinião de 62,9% dos venezuelanos, “prevalecendo uma hegemonia comunicacional do Estado”; o fechamento do jornal Página Siete na Bolívia; e o enfraquecimento da liberdade de expressão em El Salvador.

“Os jornalistas do país alertam sobre a tendência à homogeneização da informação, enquanto devem permanecer calados ou emigrar devido à deterioração das garantias constitucionais”, destacou a Idea.

O grupo também denunciou “um sistema de intimidação, silenciamento e restrições ao livre exercício do jornalismo na Guatemala, por meio do assassinato ou criminalização de jornalistas, como no caso do El Periódico”.

Outros citados no documento da Idea são os presidentes do México, Andrés Manuel López Obrador, e da Costa Rica, Rodrigo Chaves Robles, e o governo da Colômbia, que, segundo o grupo, tentam jogar a população contra a imprensa por meio de ataques – no caso costarriquenho, essa perseguição inclui a “manipulação de gastos publicitários” e ações por questões tributárias para silenciar veículos de comunicação críticos ao governo.

“Não só se deve garantir [a liberdade de expressão e imprensa] naquilo que diz respeito à difusão de informações ou ideias que sejam recebidas favoravelmente ou consideradas inofensivas ou indiferentes, mas também no que diz respeito àquelas que se mostrem ingratas para o Estado ou qualquer setor da população”, ponderou a Idea.

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