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Investigação aponta autorização de Putin para derrubada de avião na Ucrânia em 2014
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi alvo de duras críticas do ex-militar| Foto: Sergei Guneyev/EFE

A Justiça russa condenou nesta quinta-feira (25) a quatro anos de prisão por extremismo o nacionalista russo Igor Girkin, líder da revolta pró-Rússia de 2014 no Donbass, que criticou duramente o presidente Vladimir Putin pela sua estratégia militar na Ucrânia.

Girkin, conhecido como "Strelkov", foi condenado pelo Tribunal da Cidade de Moscou por supostamente defender o extremismo em duas mensagens publicadas no Telegram em maio de 2022, de acordo com o artigo 280 do Código Penal. Nessas mensagens, ele expressava sua preocupação com a situação na península ucraniana anexada da Crimeia e com o não pagamento aos soldados. O ex-oficial não admite a culpa e seus advogados já prometeram recorrer da sentença.

Girkin foi preso em 21 de julho de 2023, três dias depois de criticar duramente Putin, chamando-o de “uma nulidade” e pedindo-lhe que entregasse o poder a alguém “verdadeiramente capaz e responsável”.

“O país não suportará mais seis anos no poder deste covarde medíocre”, escreveu o ex-oficial no Telegram. Além disso, durante muitos meses atacou o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, a quem acusou de "negligência criminosa" e exigiu sua demissão irrevogável, tal como a do chefe do Estado-Maior.

Girkin também insistia na necessidade de decretar urgentemente a mobilização geral, caso contrário previu que o Exército russo perderia a guerra na Ucrânia.

Uma vez preso, pediu aos seus correligionários que iniciassem uma campanha para que fosse registrado como candidato presidencial, mas as autoridades vetaram sua intenção de participar nas eleições de março deste ano.

“Strelkov” liderou a insurreição armada em Donetsk em abril de 2014 que levou à guerra no Donbass, um prelúdio para o atual conflito na Ucrânia.

A justiça da Holanda condenou Girkin à revelia à prisão perpétua pela queda, em julho de 2014, do avião MH17 da Malaysia Airlines, no qual viajavam 298 pessoas, mais de metade delas holandesas.

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