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Quando concorria à prefeitura de Bogotá, o candidato presidencial pelo Partido Verde (PV), Antanas Mockus, costumava se vestir de Supercidadão - uma mistura de Super-Homem com Chapolín Colorado - e sair pelas ruas da capital colombiana para ensinar seus habitantes a jogar lixo no lixo e não pichar os muros. Hoje, é favorito para substituir Álvaro Uribe nas eleições do dia 30, ainda que a diferença entre o seu estilo e o do popular presidente colombiano seja abissal.

Avesso aos partidos políticos tradicionais e com grande capacidade de mobilização entre os jovens, Mockus subiu de 1% das intenções de voto para 38% em quatro meses. A três semanas da votação, está 12 pontos porcentuais na frente de seu rival, o ex-ministro da Defesa, Juan Manuel Santos, herdeiro político de Uribe. Pesquisas apontam sua vitória também no segundo turno.

"A Colômbia descobriu que quer virar a página, esquecer as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e a disputa com Hugo Chávez e concentrar-se em temas como emprego e luta anticorrupção", diz o cientista político Gabriel Murillo, da Universidade dos Andes.

Sisudo, confrontador e convencional, Uribe vem de uma tradicional família de fazendeiros de Antioquia. Filho de imigrantes lituanos - seu nome completo é Aurelijus Rutenis Antanas Mockus Svickas -, o candidato do PV é excêntrico e franco, embora tente se mostrar mais sério que em seu passado de acadêmico e prefeito.

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