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O ex-presidente reformista Mohammad Khatami pediu a formação de um conselho para decidir o resultado da contestada eleição presidencial do Irã, vencida por Mahmoud Ahmadinejad, e exortou a libertação dos ativistas detidos e um fim à violência nas ruas. Hoje, a mídia estatal iraniana informou que pelo menos dez pessoas morreram ontem nos confrontos entre manifestantes e a polícia, elevando para 17 o número oficial de mortos. Anteriormente, a agência de notícias Associated Press havia informado que o total de vítimas nos protestos era 19. A TV iraniana também havia informado antes que 13 pessoas haviam morrido nas manifestações.

A tevê estatal também informou que as autoridades prenderam a filha e quatro outros parentes do ex-presidente Hashemi Rafsanjani, um dos homens mais poderosos do Irã. A filha mais velha de Rafsanjani, Faezeh Hashemi, e quatro outros membros da família - que não foram identificados - foram presos ontem à noite. Na semana passada, a tevê estatal mostrou imagens de Hashemi, de 46 anos, falando para centenas de apoiadores do candidato reformista da oposição Mirhossein Mousavi.

A prisão de Hashemi foi um tanto surpreendente, uma vez que na sexta-feira o líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, elogiou Rafsanjani como um dos arquitetos da revolução e uma figura política efetiva por muitos anos. Khamenei reconheceu, no entanto, que os dois têm "muitas diferenças de opinião".

A mídia estatal também informou hoje que os manifestantes atearam fogo em duas estações de gás e atacaram um posto militar durante os confrontos de ontem. O vice-chefe de polícia foi citado pela mídia oficial afirmando que os policiais não usaram munição de verdade para dispersar a multidão. O Irã também reconheceu que as mortes de sete manifestantes nos confrontos da segunda-feira passada.

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