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A ex-senadora democrata pelo Arizona Gabrielle Giffords pediu hoje ao Congresso dos Estados Unidos que aprove a reforma que controla a venda de armas no país. Para ela, as restrições são uma forma de controlar a violência armada no país. Giffords foi baleada em 2011 por um jovem de 24 anos em um supermercado de Tucson, no Arizona, onde fazia um evento político. Pelo menos seis pessoas morreram e outras 13 ficaram feridas na ação. Ela foi atingida na cabeça pelo atirador.

Devido ao crime, passou por mais de um ano de tratamento e renunciou no ano passado para continuar sua recuperação. Ela ainda tem dificuldade para andar e falar e possui baixa visão em um dos olhos. Hoje abriu a primeira audiência sobre o controle de armas no Senado americano.

Com voz embargada, a ex-parlamentar pediu que algo seja feito para impedir mais mortes. "Morreram muitas crianças, crianças demais. Temos que fazer algo. Vai ser difícil, mas o momento é agora. Vocês precisam atuar de forma audaciosa e rápida."

A ex-senadora foi a primeira testemunha ouvida na comissão criada pelo Senado para debater o controle de armas, que foi aberta após o projeto do presidente Barack Obama para fazer uma reforma na lei que autoriza o porte de armas, no início de janeiro.

O mandatário quer a aprovação do veto às armas de maior calibre e cartuchos de balas de alta capacidade, o fim das falhas em checagens de antecedentes criminais e a criação de mais vagas no sistema de saúde mental para tratar os desvios psiquiátricos.

As medidas foram pedidas em meio à comoção provocada pelo ataque de um jovem de 20 anos à escola Sandy Hook, no Estado de Connecticut, em que 20 crianças e seis funcionários morreram, em 14 de dezembro. O pronunciamento de Giffords foi uma surpresa para os parlamentares e a Associação Nacional do Rifle (NRA, em inglês), entidade que defende as armas e que se pronunciava antes da ex-senadora. Ela chefia um grupo que defende o aumento das restrições e pretende diminuir a influência dos ativistas pró-armas. O vice-presidente da NRA, Wayne LaPierre, disse que a entidade manterá a pressão sobre os parlamentares para que não aprovem restrições às armas e disse que leis mais duras foram criadas no passado e fracassaram.

Dias após o anúncio das medidas de Obama, a NRA fez um comercial que defendia a presença de armamento nas escolas para combater a violência, usando como justificativa a escolta armada que as filhas do presidente, Sasha e Malia, possuem.

Os Estados Unidos são o país com o maior número de donos de armas e as vendas de armamento subiram após o massacre em Connecticut, devido à ameaça de mudança das leis.

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