
O ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) e ex-vice-presidente do governo espanhol Rodrigo Rato foi detido ontem depois de a promotoria de Madri o denunciar por crimes de fraude, lavagem de capitais e ocultação de bens.
Rato foi levado em uma viatura da polícia até seu escritório em Madri por funcionários da Agência Tributária da Espanha, para continuar a revista iniciada em sua casa horas antes.
O ex-diretor-gerente do FMI saiu de sua residência no centro de Madri sem algemas, mas escoltado por funcionários do ministério da Fazenda.
Fontes da investigação informaram que o juiz teve que assinar uma ordem de detenção para que o ex-diretor-gerente do FMI pudesse deixar sua casa em um carro policial e continuar a revista.
Rato é investigado por lavagem de dinheiro após aderir a uma anistia fiscal aprovada pelo governo espanhol em 2012 para regularizar seu patrimônio. Por causa disso, a Agência Tributária começou a investigar um “complexo entrecruzado” de companhias de propriedade de sua família.
Diante da dúvida sobre a origem de alguns dos bens declarados por Rato, o Ministério espanhol da Fazenda o incluiu em uma lista de 705 pessoas suspeitas de terem lavado dinheiro com a anistia fiscal.
Rato foi vice-presidente do governo espanhol e ministro da Economia de 1996 a 2004 e diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) entre 2004 e 2007.



