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O refugiado iraquiano Salwan Momika mais uma vez ateou fogo a uma cópia do Alcorão; Suécia elevou o nível de ameaça terrorista
O refugiado iraquiano Salwan Momika mais uma vez ateou fogo a uma cópia do Alcorão; Suécia elevou o nível de ameaça terrorista| Foto: EFE/EPA/Fredrik Sandberg/TT

Um novo episódio de queima de um exemplar do Alcorão ocorreu na Suécia nesta sexta-feira (18), desta vez em frente à embaixada do Irã, um dia depois de as autoridades do país europeu elevarem o nível de ameaça terrorista para o segundo mais alto.

De acordo com a imprensa sueca, o autor foi mais uma vez o refugiado iraquiano Salwan Momika, que, junto com seu compatriota Salwan Naiem, já queimou vários exemplares do livro sagrado para os muçulmanos em frente a várias representações diplomáticas, o que causou protestos de muitos países que têm o islã como religião oficial.

Vários contramanifestantes também se reuniram em frente à embaixada do Irã, nos arredores de Estocolmo.

Uma mulher rompeu as barreiras policiais com um extintor de incêndio para apagar o Alcorão em chamas, mas foi impedida por agentes que protegiam Momika, de acordo com o jornal Dagens Nyheter.

Também hoje, o governo sueco anunciou que considerará a possibilidade de reformar a lei para que o risco à segurança nacional seja levado em conta ao conceder permissão para eventos de protesto como os convocados por Momika.

No entanto, o ministro da Justiça da Suécia, Gunnar Strömmer, enfatizou que, se isso acontecer, será dentro da estrutura da Constituição existente.

“Qualquer mudança na legislação sueca deve ocorrer dentro da estrutura da atual proteção da liberdade de expressão, liberdade de reunião e liberdade de manifestação”, disse ele, observando que a Suécia continuará sendo um país onde as religiões podem ser criticadas.

O Serviço de Segurança sueco (Säpo) anunciou ontem que, pela primeira vez em sete anos, o nível de ameaça passou do terceiro para o quarto grau em uma escala cujo máximo é cinco, o que significa que agora é “alto”, embora tenha negado que haja suspeitas concretas.

“Concluímos que a situação piorou com relação à ameaça de um ataque contra a Suécia e que essa ameaça persistirá por muito tempo”, disse a chefe do Säpo, Charlotte von Essen, em uma entrevista coletiva.

A queima do Alcorão na Suécia provocou grandes manifestações no Iêmen e no Iraque, onde a embaixada sueca foi incendiada. Além disso, vários governos de países de maioria muçulmana advertiram que permitir tais atos poderia ter consequências para as relações diplomáticas.

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