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O Exército do Sul do Sudão disse nesta quinta-feira (3) que matou em confronto oito homens da milícia de Galwak Gai, e que vai apanhá-lo vivo ou morto.

"Ontem emboscamos as forças de Galwak Gai (...) e matamos oito dos seus homens e capturamos 13," disse Kuol Diem Kuol, porta-voz do Exército do Sul do Sudão. "Eles mataram um do nosso lado, e dois ficaram feridos."

"Estamos agora no encalço de Galwak," disse Kuol. "Ele será capturado ou será morto," acrescentou.

Conforme um acordo de 2005, que encerrou a guerra civil entre norte e sul do Sudão, a mais longa do continente, a população do sul participará daqui a sete meses de um referendo que, segundo analistas, irá resultar na independência da região em relação a Cartum.

Kuol acusou os serviços de inteligência do governo central de apoiarem grupos armados no sul, e disse que o Exército do norte recusou ajuda ao do sul. "Segundo (os prisioneiros), eles eram armados pela inteligência nacional em Cartum," disse o porta-voz.

O Exército do norte rejeitou a acusação. "Os serviços de inteligência trabalham sob o (controle do) Exército, e isso não é verdade," disse um porta-voz militar. "Nenhum órgão pode dar qualquer apoio a quem quer que se rebele em qualquer lugar do Sudão."

Os confrontos aconteceram no Estado da Unidade, uma região rica em petróleo. Gai é um dos vários líderes milicianos que colaboram com um ex-oficial do Exército do Sul do Sudão, George Athor, que se rebelou depois de perder uma eleição em abril. As tropas de Athor ficam no vizinho Estado de Jonglei, onde a empresa francesa Total detém uma concessão petrolífera praticamente inexplorada.

Dois oficiais do Exército do Sul do Sudão foram detidos para interrogatório na terça-feira em Juba, capital do eventual novo país, por suspeita de tentarem recrutar milicianos para David Yauyau, um dos aliados de Athor, segundo Kuol. "Eles devem ser liberados se a investigação não revelar nada," afirmou.

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