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O Exército do Líbano anunciou neste domingo (2) que prendeu “vários indivíduos” que planejavam lançar um ataque com foguetes contra Israel. “As forças de segurança invadiram um apartamento na área de Sidon-Zahrani, confiscaram vários foguetes e suas plataformas de lançamento e prenderam vários indivíduos envolvidos na operação”, informou o comunicado oficial do Exército.
De acordo com um comunicado militar, os suspeitos estavam “finalizando os preparativos para um novo ataque com foguetes contra os territórios palestinos ocupados”, em referência a Israel. A nota acrescenta que as armas apreendidas foram “entregues” às autoridades competentes.
Essa operação ocorre poucos dias após o Exército libanês anunciar, em 16 de abril, a prisão de vários integrantes de um grupo formado por libaneses e palestinos — cuja identidade não foi revelada —, acusados de realizar “dois ataques com foguetes” contra Israel entre 22 e 28 de março. Esses disparos foram os primeiros em meses desde a entrada em vigor do cessar-fogo entre Israel e o grupo Hezbollah, no dia 27 de novembro de 2023.
Apesar da trégua, o Exército israelense continuou a realizar bombardeios em diversas áreas do território libanês, o que, segundo o governo do Líbano, já deixou pelo menos 190 mortos e 485 feridos desde novembro do ano passado.
O primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, elogiou a atuação das forças de segurança e classificou a ação como uma medida “preventiva” para conter ameaças ao país. Em nota, ele declarou:
“Frustrar conspirações suspeitas que buscam envolver o Líbano em mais guerras nada mais é do que uma confirmação de que o governo está prosseguindo com a implementação das disposições de sua declaração ministerial referentes à extensão da soberania plena sobre seu território com suas próprias forças, e que somente o Estado libanês é a autoridade que toma decisões sobre guerra e paz e é o órgão autorizado a possuir armas”.
A missão de paz da ONU no Líbano (UNIFIL) informou, no início de abril, que ainda encontra armamentos não pertencentes ao Exército libanês no sul do país, mais de quatro meses após o início do cessar-fogo. O acordo proíbe a presença de grupos armados não estatais naquela região.
Paralelamente, autoridades libanesas se preparam para iniciar um possível diálogo com o Hezbollah a fim de chegar a um acordo sobre o desarmamento do grupo xiita, o único grande movimento armado que não depôs as armas após o fim da guerra civil libanesa, em 1990.



