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Beirute – Pela primeira vez desde 1968, milhares de soldados atravessaram ontem o Rio Litani, para estabelecer o domínio do Exército libanês sobre o sul do Líbano. A operação está prevista na Resolução 1701, aprovada há uma semana pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, e que suspendeu os conflitos entre o grupo xiita Hezbollah e Israel.

Depois de atravessar o rio numa ponte improvisada, já que a outra foi destruída por mísseis israelenses, dezenas de tanques, caminhões e jipes começaram a chegar pela manhã ao sul, sendo recebidos com euforia por alguns moradores, sobretudo cristãos e sunitas, que não viam o Exército libanês na região havia quase 40 anos.

O Exército pretende completar hoje o destacamento de 15 mil soldados no sul. Eles deverão se juntar a uma força multinacional de outros 15 mil soldados, ainda em fase de conformação, e com alguns percalços para encontrar países dispostos a participar.

A resolução prevê que o Hezbollah seja desarmado, mas o governo libanês, que aprovou o destacamento do Exército na quarta-feira, encontrou um jeitinho de contornar a resistência do grupo, que ameaçava minar todo o processo.

O Exército não vai desarmar o Hezbollah, mas seus combatentes vão se recolher, evitando serem vistos com suas armas – algo que já era raro antes nos vilarejos do sul, onde o grupo não costumava ter presença militar ostensiva.

Israel só deve entregar totalmente o controle da região ao Líbano depois da chegada das tropas das Nações Unidas.

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