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Revolta árabe

Exército sírio lança ofensiva em Aleppo

Em dois dias, pelo menos 3,5 mil sírios deixaram a maior cidade do país e cruzaram a fronteira para a Turquia

Cenário de destruição no bairro Salaheddine, principal bastião rebelde na cidade de Aleppo, onde forças do governo sírio e rebeldes travam batalha considerada decisiva | Goran Tomasevic/Reuters
Cenário de destruição no bairro Salaheddine, principal bastião rebelde na cidade de Aleppo, onde forças do governo sírio e rebeldes travam batalha considerada decisiva (Foto: Goran Tomasevic/Reuters)

Tropas do Exército da Síria lançaram uma ampla ofensiva terrestre contra áreas controladas por rebeldes na cidade sitiada de Aleppo. A batalha na cidade mais populosa da Síria já dura mais de duas semanas.

Pelo menos 3.500 pessoas cruzaram a fronteira para a Turquia desde a madrugada de terça-feira, informou a agência estatal de notícias da Turquia, a Anatólia. A fuga em massa elevou para mais de 50 mil o número de refugiados sírios apenas no território turco. Um número maior já fugiu para o Líbano e a Jordânia desde março do ano passado.

"Infelizmente, existe uma­­­­ tragédia humana ocorren­­do na Síria", afirmou ontem o vice-primeiro-ministro da Turquia, Ali Babacan.

A agência de notícias oficial do governo sírio, SANA, alega que as forças do regime do presidente Bashar Assad retomaram o controle do bairro de Salaheddine, principal bastião rebelde na cidade. De acordo com a SANA, os militares infligiram perdas pesadas nos "grupos terroristas armados" (como o governo chama os rebeldes).

Rami Abdul-Rahman, diretor do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, baseado em Londres, afirmou que as tropas encontraram resistência durante o ataque em Aleppo. Os rebeldes do Exército Livre Sírio também negam as afirmações do governo. O coronel Abdel Jabbar al-Oqaidi disse que "não é verdade que o Exército do regime assumiu o controle de Salaheddine".

Aleppo possui grande im­­portância estratégica e sim­­bólica. Cerca de 50 quilô­­metros distante da frontei­­ra com a Turquia, tem sido um pilar de apoio ao regime durante a revolta. Mas uma vitória dos rebeldes per­­mitiria acesso mais fácil­­ a armas e combatentes da Tur­­quia, base de apoio dos oposicionistas.

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