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Armas

Experimento coreano não foi resposta a discurso de Bush, diz Bolton

Washington – O embaixador dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas, John Bolton, negou em entrevista à BBC ontem que a hostilidade do governo de George W. Bush em relação à Coréia do Norte tenha contribuído para aumentar a belicosidade do país asiático.

Questionado se o discurso de Bush em 2002 que colocou a Coréia do Norte ao lado do Iraque e do Irã no chamado "eixo do mal" contribuiu para o desenvolvimento de armamentos nucleares pelo país, Bolton disse que os Estados Unidos não poderiam ser responsabilizados por todos os males do mundo.

"Os norte-coreanos vinham tentando desenvolver armas nucleares há pelo menos dez ou 12 anos. Eles assinaram um acordo em 1994, prometendo abdicar do desenvolvimento de armas nucleares, e depois começaram a violar esse acordo quase antes de a tinta secar", afirmou Bolton.

"Então, isso não tem nada a ver com o discurso sobre o ‘eixo do mal’", disse o embaixador.

Durante a entrevista, Bolton também foi questionado sobre o possível uso de força militar contra o regime norte-coreano. Segundo ele, o presidente Bush nunca descartou nenhuma opção.

O embaixador americano disse ainda que a atual crise poderá mostrar se as Nações Unidas são capazes de lidar com o desafio diante de si agora. "Não sei (se serão capazes), nós vamos descobrir", disse.

A indicação de Bolton ao cargo de embaixador na ONU, no ano passado, levantou polêmica por conta de suas declarações anteriores criticando os organismos internacionais.

Como subsecretário para o Controle de Armas e Assuntos de Segurança Internacional do Departamento de Estado, Bolton havia dito que se dez andares do prédio da ONU desaparecessem não fariam falta.

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