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A polícia de Londres age para isolar a área e retirar as pessoas do metrô. | TOLGA AKMENAFP
A polícia de Londres age para isolar a área e retirar as pessoas do metrô.| Foto: TOLGA AKMENAFP

Uma explosão no metrô de Londres na manhã desta sexta-feira (15) deixou a polícia e o governo britânicos em alerta com a possibilidade de ser mais um atentado terrorista. De acordo com autoridades locais, pelo menos 29 pessoas ficaram feridas no ataque, 21 seguem internadas e oito já tiveram alta. As primeiras avaliações são de que nenhum desses pacientes esteja em condição grave ou fatal. Segundo a imprensa local, o suspeito teria sido identificado.

A explosão –descrita por uma testemunha como uma "bola de fogo"– ocorreu na estação Parsons Green, no oeste da cidade, causada por um explosivo caseiro. Passageiros sofreram queimaduras e foram feridos na correria.  

O transporte londrino é monitorado por câmeras. Centenas de agentes das de segurança foram deslocados para a investigação. Os vagões atingidos estavam em circulação na District Line, conhecida como linha verde, que foi totalmente interrompida.

A polícia britânica confirmou o incidente e trata o episódio como um ataque terrorista, o quinto do ano.

Explosivo  

A explosão desta sexta parece ter sido causada por um artefato improvisado dentro de um balde coberto por uma sacola de supermercado. É possível ver fios saindo de dentro do objeto em chamas, nas imagens que circulam na rede. 

Ambulâncias, carros de bombeiro e um helicóptero foram enviados ao local para responder à emergência. O serviço de metrô na linha distrital foi temporariamente suspenso entre as estações Earls Court e Wimbledon.  

As autoridades britânicas pedem que cidadãos com informações procurem a polícia na linha de emergência. É possível enviar imagens do incidente por meio da página oficial da polícia na internet.  

O efetivo policial nas ruas vai ser ampliado nos próximos dias, em especial em locais sensíveis, como o transporte público e os museus.

Reação 

A primeira-ministra conservadora, Theresa May, convocou um comitê de emergência para discutir a situação. "Os serviços de emergência estão, mais uma vez, respondendo com rapidez e bravura ao que se suspeita ser um incidente terrorista", disse May durante a manhã.  

O prefeito de Londres, o trabalhista Sadiq Khan, condenou "os horrendos indivíduos que tentam usar o terror para nos ferir e para destruir o nosso estilo de vida".  

Já o presidente americano, Donald Trump, reagiu via Twitter ao ataque, onde escreveu "outro ataque em Londres por um terrorista perdedor". "Essas são pessoas doentes e dementes que estavam nas vistas da polícia. É preciso ser proativo!".  

Comentando a declaração, May disse que "nunca acho ser útil que qualquer pessoa especule sobre uma investigação em andamento".  

Atentados

A explosão desta sexta no metrô evoca os ataques de 7 de julho de 2015, quando uma série de atentados coordenados contra o transporte público londrino deixou 52 mortos e mais de 700 feridos.  

O Reino Unido já foi o alvo de quatro atentados em 2017. O mais grave deles ocorreu em Manchester na saída de um show da cantora americana Ariana Grande, em que 22 pessoas foram mortas.  

O governo considera que o nível de ameaça terrorista ao país é severo, o que significa, na escala oficial, a alta probabilidade de novas ações. Foi descartado elevar o nível a crítico, o que indicaria existir um risco imediato.  

A polícia britânica frustrou ao menos 19 planos de atentado desde junho de 2013, segundo os dados oficiais. As autoridades acreditam que o dispositivo detonado no metrô nesta sexta explodiu apenas parcialmente. Ele poderia, portanto, ter causado um dano bastante maior.  

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