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O advogado Marco Yaulema e a irmã do candidato assassinado, Patricia Villavicencio, em entrevista coletiva nesta sexta-feira em Quito
O advogado Marco Yaulema e a irmã do candidato assassinado, Patricia Villavicencio, em entrevista coletiva nesta sexta-feira em Quito| Foto: EFE/José Jácome

A família de Fernando Villavicencio Valencia, candidato à presidência do Equador que foi assassinado em Quito no último dia 9, apresentou nesta sexta-feira (18) denúncia à Procuradoria-Geral do país por suposta omissão dolosa do governo, que teria facilitado o crime.

Segundo informações do jornal El Universo, foram citadas cinco pessoas: o presidente Guillermo Lasso; o ministro do Interior, Juan Zapata; o comandante-geral da Polícia Nacional, Fausto Salinas; o diretor-geral de Inteligência da corporação, Manuel Samaniego; e o vice-diretor operacional de Segurança e Proteção, cujo nome não foi citado no processo.

Segundo Marco Yaulema, advogado da família, o Estado sabia que Villavicencio “tinha um perfil de risco de 97%”, pelo seu trabalho de investigação, como jornalista e deputado nacional, do crime organizado e da corrupção no Equador. Porém, de acordo com o advogado, no dia do crime, não havia segurança adequada para o candidato.

“O Estado equatoriano não cumpriu seu papel de protetor, o Estado tinha que zelar pela vida de Fernando Villavicencio e, sabendo que era um jornalista ameaçado, não fizeram nada e o deixaram abandonado”, disse Yaulema.

O ministro do Interior, Juan Zapata, disse nesta sexta-feira que o inquérito sobre a morte de Villavicencio será divulgado na próxima semana e deverá apontar se houve falha nas “ações preventivas” para evitar o atentado.

Seis colombianos foram presos por suspeita de participação no assassinato de Villavicencio, mas ainda não foi informado quem seria o mandante do crime.

O grupo criminoso Los Lobos divulgou um vídeo no qual reivindicou a autoria do crime, mas depois outros integrantes da mesma facção publicaram outro negando participação.

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