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Londres

Família de Jean Charles leva caso à Suprema Corte britânica

A família do brasileiro Jean Charles de Menezes levou nesta segunda-feira à Suprema Corte de Londres seu pedido para anulação da decisão de não acusar formalmente nenhum oficial da Scotland Yard pela morte do eletricista, ocorrida em 23 de julho do ano passado.

A família quer uma revisão judicial urgente da decisão da Procuradoria Geral britânica, segundo a qual não existe evidência suficiente para tratar o caso como um assassinato e, portanto, formular acusações contra alguém. O brasileiro, de 27 anos, foi atingido com sete tiros na cabeça e um no ombro disparados por três agentes da Polícia Metropolitana, que alegaram tê-lo confundido com um terrorista suicida no metrô de Londres.

Os advogados da família do brasileiro afirmam que a forma como o caso foi tratado "violou os direitos humanos da família Menezes". Harriet Wistrich, uma das defensoras, acusou a Procuradoria Geral britânica de "usurpar o papel de jurado em sua decisão por falta de provas", o que levou à decisão de não acusar os agentes envolvidos no crime.

A defesa também se opõe à suspensão do processo pelos próximos meses e criticou a falha da Comissão Independente de Queixas Policiais (IPCC), ao publicar seu relatório próprio dos fatos. Segundo Wistrich, todos os fatores combinados "fazem parecer que ocorreram alguns arranjos". Alex Pereira,

Um dos primos de Jean Charles, Alex Pereira, acusou também a Procuradoria e a Comissão de Queixas Independentes "por ocultar" fatos.

- Está claro que querem esconder a verdade. Esta revisão judicial pretende que alguém seja responsabilizado pelo que ocorreu - acrescentou.

As informações são da agência Ansa.

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