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Setença

Famílias de brasileiros condenados nos EUA aguardam recurso

Irmão de um condenado diz que jovem foi vítima de armadilha. Dupla de supostos "coiotes" teria retido brasileira e filho de cinco anos

Parentes afirmam que dois brasileiros condenados nos EUA à prisão perpétua em 6 de março são inocentes e que aguardam recurso contra a sentença. Reynaldo Eid, de 49 anos, e Alaor Oliveira Jr., de 55, foram considerados culpados em Orange, na Califórnia, pelo sequestro de uma brasileira e de sua filha de cinco anos. A dupla é acusada de atuar como "coiotes" (traficantes que facilitam a entrada ilegal de estrangeiros pela fronteira).

As famílias Reynaldo e Alaor vivem no interior de São Paulo, respectivamente em Novo Horizonte, 399 km de capital paulista, e Borborema, 377 km. Parentes afirmam que os dois trabalhavam legalmente nos EUA em uma empresa de transporte. Para o jornalista Luciano Eid, de 29 anos, irmão Reynaldo, os brasileiros foram vítimas de uma armadilha.

O irmão do condenado conta que mantém contato com o cônsul-geral adjunto do Brasil em Los Angeles, Júlio Victor do Espírito Santo. Ele teria sido informado pelo diplomata que o defensor público que representa a dupla vai recorrer da decisão da prisão perpétua.

O jornalista afirma que o irmão foi vítima de uma armação para que a mulher obtenha visto para permanência nos EUA após a comoção provocada por seu caso. Mary Aparecida de Souza Oliveira, de 49 anos, mulher de Oliveira, em entrevista à Agência Estado, defendeu a mesma tese.

Irmão por parte de pai, Luciano conta que Reynaldo está desde 1996 nos Estados Unidos e morava com a mãe, uma irmã, um cunhado e duas sobrinhas. Aos familiares Reynaldo sempre contou que mantinha uma empresa de transporte que prestava serviço para turistas brasileiros durante compras e passeios. Segundo Luciano, ele mantinha duas vans na atividade.

Acusações

De acordo com o processo, a dupla teria recebido US$ 14 mil para os "coiotes" trazerem a mulher e a criança do México até a Flórida. Eles são acusados de terem pedido mais US$ 14 mil pela libertação de mãe e filho.

A procuradoria informou que mãe e filho voaram do Brasil para o México, cruzaram a fronteira na cidade de Mexicali e foram passando de mão em mão até serem entregues a Eid e Oliveira, em um posto de gasolina de Costa Mesa.

Em vez de serem entregues ao pai e marido, ela e o filho teriam sido mantidos reféns em um hotel da cidade. O homem pediu ajuda a um amigo, que chamou a polícia. Os policiais então localizaram os sequestradores e fizeram a prisão quando eles tentavam fugir com as vítimas, segundo a acusação.

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