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As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), maior guerrilha esquerdista do país, divulgaram na terça-feira um vídeo com provas de que policiais e soldados sequestrados estão vivos. No filme, eles pedem para o governo acabar com as operações militares e chegar a um acordo que permita a libertação dos reféns.

A Reuters teve acesso ao vídeo em que são mostrados sete policiais e militares em aparente bom estado de saúde. Eles foram capturados há mais de nove anos.

Um deles, o soldado William Domínguez, relata encontros com a ex-candidata a Presidência da Colômbia Ingrid Betancourt, que tem nacionalidades francesa e colombiana e foi sequestrada em 2002.

Com Betancourt foi sequestrada sua candidata à vice, Clara Rojas, que teve um filho no cativeiro.

"Sobre os bombardeios e operações militares, estão nos afetando muito, pois estão atentando contra nossas vidas e por isso estão nos movimentando quase todo dia", disse Domínguez, vestido com uma camiseta preta.

"Estive no acampamento onde há mais prisioneiros de guerra e há alguns políticos detidos, como é o caso da doutora Ingrid (Betancourt), a senhora Clara (Rojas) e um menino que sempre anda com ela por toda a parte", acrescentou.

As Farc querem trocar os sequestrados - entre os quais dirigentes políticos e três norte-americanos - por guerrilheiros presos em cadeias do governo.

O vídeo, cuja data de realização não foi informada, aparece cinco dias depois que as Farc revelaram que 11 de seus reféns morreram, segundo os rebeldes, durante fogo cruzado com um grupo militar não-identificado.

Os 11 mortos eram ex-deputados da Assembléia do Departamento de Valle del Cauca, no sudoeste do país.

O presidente Alvaro Uribe rejeitou esta versão e disse que os deputados foram assassinados "deliberadamente" pelos guerrilheiros, em vingança pela morte de um líder rebelde em combate com membros das forças militares.

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