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O ex-deputado e agora ex-refém Sigifredo Lopes, libertado pelas Farc nesta quinta-feira (5) | Reprodução/AFP
O ex-deputado e agora ex-refém Sigifredo Lopes, libertado pelas Farc nesta quinta-feira (5)| Foto: Reprodução/AFP

As Farc libertaram nesta quinta-feira na selva da Colômbia o ex-deputado Sigifredo López, na última libertação unilateral da guerrilha esta semana após outros cinco reféns terem reencontrado suas famílias.

O político, de 45 anos e que permaneceu quase sete anos sequestrado pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), fazia parte de um grupo de reféns que os rebeldes buscam trocar por 500 guerrilheiros presos.

"Na zona rural do departamento de Cauca, as Farc entregaram à senadora Piedad Córdoba e a delegados do Comitê Internacional da Cruz Vermelha o ex-deputado do Valle Sigifredo López", informou um comunicado do órgão humanitário.

Um helicóptero levou López ao aeroporto de Cali, onde o ex-refém se reunirá com seus familiares e amigos.

As Farc já haviam libertado três policiais, um soldado e o ex-governador do departamento de Meta Alan Jara, em missões humanitárias que contaram com o apoio logístico do Brasil.

No entanto, 22 efetivos das Forças Armadas seguem sequestrados, com os quais as Farc buscam pressionar o governo do presidente Alvaro Uribe para que sejam trocados por rebeldes presos em cadeias do país.

Com a libertação, as Farc buscam ganhar espaço político e melhorar sua imagem internacional depois dos golpes sofridos recentemente, incluindo a morte de importantes líderes, o resgate de Ingrid Betancourt e a deserção de milhares de combatentes, segundo analistas.

López, casado e pai de dois filhos, foi sequestrado em abril de 2002 quando rebeldes se fizeram passar por efetivos da Polícia e do Exército e sequestraram 12 deputados no centro de Cali.

O político foi o único dos 12 reféns que sobreviveram a um massacre das Farc em 2007 quando, segundo o governo, um erro de comunicação entre comandantes rebeldes provocou um combate no qual políticos foram assassinados.

O governo e as Farc mantêm posições contrárias e radicais que impedem um fim ao drama dos reféns, alguns dos quais estão há mais de 11 anos sequestrados.

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