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As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) lamentaram a morte de oito indígenas nas mãos de unidades guerrilheiras em fevereiro e asseguraram que nem esse massacre "nem nada parecido" pode se repetir, segundo um comunicado divulgado nesta terça-feira (14). "Lamentamos sinceramente a morte de oito integrantes de sua comunidade em 6 de fevereiro", disseram as Farc em mensagem dirigida a uma organização indígena em sua página da internet.

As Farc acrescentaram que designaram três comandantes rebeldes, cujos nomes não foram revelados, para "raciocinar em conjunto com vocês até encontrarmos um cenário de mútuo respeito e compreensão, que feche as portas, definitivamente, a qualquer manifestação de violência em nosso relacionamento".

"O que aconteceu em Barbacoas no dia 6 de fevereiro, nem nada parecido, pode voltar a se repetir", acrescentaram as Farc em seu comunicado feito das "montanhas da Colômbia" em março, sem uma data específica.

Em meados de fevereiro, as Farc informaram em um comunicado que haviam matado, no início daquele mês, oito indígenas da etnia Awa em uma região de Barbacoas, no Departamento de Nariño, a cerca de 550 quilômetros ao sudoeste de Bogotá. O grupo guerrilheiro afirmava que os mortos eram colaboradores do Exército colombiano.

Tanto o Exército como as comunidades indígenas negaram a suposta colaboração.

A Organização Nacional Indígena da Colômbia (Onic) denunciou, no início de fevereiro, que as Farc haviam assassinado a facadas pelo menos oito Awas que viviam numa reserva indígena no arredores de Barbacoas.

A Onic disse que recebeu as informações de um Awa que conseguiu escapar. Segundo ele, os assassinos usavam braçadeiras das Farc.

Luis Evelis Andrade, presidente da Onic, disse que é importante a desculpa e o reconhecimento do "erro que eles cometeram". Ele disse também que o grupo não tem "que chegar a nenhum acordo conosco".

"Não há necessidade (de um acordo), esse é o dever deles...que respeitem os povos indígenas, que mantenhamos nossa autonomia frente ao conflito" armado colombiano, disse Andrade em entrevista por telefone.

Ele disse, porém, que avaliaria o pronunciamento insurgente e provavelmente dará uma resposta oficial nos próximos dias através de um comunicado público. As informações são da Associated Press.

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