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| Foto: Gerard Julien/AFP

A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos, conhecida pela sigla FDA, emitiu neste domingo (29) uma autorização de uso emergencial e limitado de hidroxicloroquina e cloroquina para o tratamento do novo coronavírus. Esses remédios são usados há décadas contra a malária.

A agência permitiu que os medicamentos fossem "doados ao Estoque Nacional Estratégico para serem distribuídos e prescritos pelos médicos para pacientes adolescentes e adultos hospitalizados com Covid-19, conforme apropriado, quando um ensaio clínico não estiver disponível ou viável", informou o Departamento de Saúde dos EUA. A companhia farmacêutica Sandoz doou 30 milhões de doses de hidroxicloroquina ao estoque e a Bayer doou 1 milhão de doses de cloroquina.

O próprio departamento de Saúde americano, porém, salientou que ainda não há tratamentos aprovados para a Covid-19. Relatos sugerem que a hidroxicloroquina e a cloroquina podem oferecer algum benefício no tratamento de pacientes hospitalizados, mas "são necessários ensaios clínicos para fornecer evidências científicas de que esses tratamentos são eficazes".

Alguns cientistas estão céticos em relação a este esforço do governo americano, argumentando que faltam dados sobre a eficácia dos dois medicamentos no tratamento de coronavírus. Nos EUA, a agência de pesquisa biomédica americana e a Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Biomédico Avançado estão trabalhando em testes clínicos com os medicamentos.

Há dois dias a hidroxicloroquina está sendo administrada a 1.100 pacientes em Nova York, junto com outro medicamento chamado azitromicina, disse o presidente Donald Trump neste domingo (29).

O Departamento de Saúde dos EUA espera que as doações das empresas farmacêuticas ajudem a aliviar as pressões de suprimento dos medicamentos. A pasta informou que a FDA está trabalhando com fabricantes de cloroquina e hidroxicloroquina para aumentar a produção e garantir que esses medicamentos também permaneçam disponíveis para pacientes que fazem tratamento da malária, lúpus e artrite reumatóide.

No Brasil, em 21 de março, o Ministério da Saúde autorizou o uso experimental da cloroquina em pacientes graves de Covid-19 internados em alguns serviços de São Paulo.

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