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Ciência

Fêmea “Ardi” não é ancestral do homem, diz novo estudo

Querem destronar Ardi. A fêmea primata de 4,4 milhões de anos virou ícone da espécie Ardi­­pithecus ramidus, um dos mais antigos an­­cestrais do homem. Mas não passaria de uma reles macaca, acusa um novo estudo.

Ironicamente, o "rebaixamento’’ da espécie de Ardi está sendo proposto nas páginas da prestigiosa revista especializada Science, a mesma que alçou a suposta fê­­mea de hominídeo (ancestral hu­­mano) à categoria de descoberta do ano em 2009.

Ardi e seus companheiros de espécie estariam entre os primeiros primatas a comprovadamente caminhar com duas pernas, tal como o homem. É o que argumentava a equipe liderada por Tim White, da Universidade da Cali­­fórnia em Berkeley (Costa Oeste dos EUA).

Besteira, disse à reportagem Esteban Sarmiento, primatologista da Fundação Evolução Hu­­mana, em Nova Jersey. "O Ardipi­­thecus é um quadrúpede palmígrado [apoiava-se nas plantas das quatro patas], e não um bípede.’’

Mais importante ainda: o animal seria, na verdade, um grande macaco africano primitivo, talvez anterior à separação entre as li­­nhagens de humanos e chimpanzés.

Sarmiento aponta que White e colegas teriam errado feio na interpretação dos detalhes mais importantes do esqueleto. Em síntese, ele diz que traços dos dentes, da pelve e dos membros lembram mais os dos grandes macacos mais antigos, com uns 10 milhões de anos.

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