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Espionagem

Figueiredo diz que saiu "igual" da conversa com EUA sobre escutas

Chanceler brasileiro definiu as discussões sobre espionagem como um "processo de diálogo determinado pela presidente Dilma Rousseff e pelo presidente Barack Obama"

O chanceler Luiz Alberto Figueiredo afirmou hoje, em Washington, que saiu "igual" da conversa que teve com o governo americano e definiu as discussões sobre espionagem como um "processo de diálogo determinado pela presidente Dilma Rousseff e pelo presidente Barack Obama".

Figueiredo se encontrou com a conselheira de segurança nacional dos EUA, Susan Rice, para discutir a revisão nas regras da Agência de Segurança Nacional (NSA). Ele definiu as relações entre Brasil e Estados Unidos como "densas". "São relações importantes, são dois parceiros. Temos questões a resolver. É isso que posso dizer", afirmou o ministro, que não quis dar detalhes sobre a reunião.

Segundo Figueiredo, ele deve fazer um relato do encontro para a presidente Dilma, que irá tomar decisões. "Não posso falar sobre o conteúdo que foi conversado."A informação sobre o encontro foi antecipada ontem pelo site da Folha de S.Paulo. Rice ligou para Figueiredo antes do discurso em que o presidente americano, Barack Obama, anunciou reformas no programa de espionagem americano, em 17 de janeiro.

Dilma cancelou sua visita de Estado a Washington em outubro depois das revelações do ex-técnico da NSA Edward Snowden de que os EUA a teriam espionado. Segundo Figueiredo, Snowden não foi debatido no encontro.

Algodão

Figueiredo também se reuniu com Mike Froman, o representante de comércio dos EUA. Eles discutiram o "contencioso do algodão", em que a Organização Mundial do Comércio determinou que os subsídios dos EUA a produtores de algodão eram ilegais.A nova lei agrícola americana foi aprovada na Câmara dos Deputados e agora segue para o Senado.

Segundo o chanceler, diferentes órgãos brasileiros vão estudar a nova lei agrícola dos EUA para entender se ela atende aos desejos do Brasil. Figueiredo não descartou a possibilidade de retaliação por parte do Brasil.

"Eu disse claramente para o Mike Froman que, sim, a retaliação para nós é uma possibilidade", afirmou Figueiredo. "Porém, nós temos que olhar cuidadosamente essa nova lei."

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