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Enviado dos EUA à COP26 disse que em conferências anteriores não havia “tantas iniciativas e tanto dinheiro real em cima da mesa”
Enviado dos EUA à COP26 disse que em conferências anteriores não havia “tantas iniciativas e tanto dinheiro real em cima da mesa”| Foto: EFE/EPA/DIMITAR DILKOFF/AFP

O enviado especial dos Estados Unidos para a mudança climática, John Kerry, afirmou nesta sexta-feira (5) que o objetivo dos países desenvolvidos de mobilizar anualmente US$ 100 bilhões será alcançado já em 2022, um ano antes que o previsto no início da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26).

Em entrevista coletiva na COP26, em Glasgow, Kerry explicou que com os US$ 2 bilhões anunciados pelo Japão, que desbloquearão mais US$ 8 bilhões em investimento privado, o objetivo consagrado no Acordo de Paris (2015) será alcançado, mas que já deveria ter sido atingido no ano passado.

“As pessoas estão convictas de que temos de mudar. Após ter participado de muitas COPs, aqui há um maior sentido de urgência. Nunca vi nos primeiros dias de uma COP tantas iniciativas e tanto dinheiro real em cima da mesa, mesmo que haja questões legítimas sobre parte desse dinheiro, o que eu compreendo”, disse à imprensa.

Em tom moderadamente otimista, o representante dos EUA para o clima indicou que há “progresso genuíno”, mas ao mesmo tempo recordou que “o trabalho não está feito”.

“Em abril, apenas alguns países procuravam (limitar o aquecimento a) a 1,5 grau. Atualmente, a maioria dos países do G20 tem planos reais nas suas Contribuições Nacionalmente Determinadas que manterão viva a meta de 1,5 grau. Isso muda tudo”, acrescentou.

Kerry declarou que, de acordo com a Agência Internacional de Energia, com os atuais compromissos, o mundo está no caminho certo para atingir um limite de 1,8 grau acima dos níveis pré-industriais até o final do século.

Segundo ele, as negociações entre países estão avançando no sentido de um “comunicado forte e implementável, e essa é a chave, que as palavras não são nada se não puderem ser transformadas em ação”. “O que está acontecendo aqui não é o de sempre”, observou.

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